Muito provavelmente esse é o último post de 2013, mas não poderia ser melhor: literalmente fechamos o ano com chave de ouro. Vêm das meninas do Handebol a maior conquista brasileira após as Olimpíadas de Londres-2012. Muitos podem achar que a façanha realizada nessa semana foi um acaso, resultado imediato de uma equipe talentosa. Mas não, esse é um trabalho de mais de uma década. Em 1999, Handebol para mim era apenas uma vaga lembrança das aulas de Educação Física na infância, mas lembro que torci e muito para as nossas meninas na final do Panamericano contra as canadenses. Essa conquista da América foi um marco. A semente de um projeto sólido e vitorioso havia sido germinado, mas havia um longo caminho para percorrer. Numa modalidade genuinamente amadora, nossas meninas foram aproveitando toda oportunidade. Depois de 1999, foram mais três ouros pan-americanos. A América passou a ficar pequena para o sonho das nossas meninas. O talento das brasileiras, aliados a ginga e criatividade, já havia se mostrado vencedor, mas ainda faltava técnica e frieza para enfrentar as européias de igual para igual. Foi aí que essa orquestra vencedora recebeu um maestro à altura: o técnico dinamarquês Morten Soubak. No último Mundial e na última Olimpíadas a medalha passou a ser uma chance real, duramente interrompida nas quartas-de-final. O algo a mais que faltou nessas duas competições chegou em 2013. Nossas meninas em vez de desanimar continuaram se esforçando, a maioria adquirindo experiência em equipes na Europa. De todas, quem mais se desenvolveu foi a ponta Alexandra, eleita a melhor do mundo. Era a cereja do bolo que faltava. Da goleira a última reserva todas empenhadas em dar o último passo e ele veio de forma espetacular: invicta e ganhando na final da Sérvia, que contava com todo o apoio da torcida. Não consegui sentir essa emoção pela TV, mas, sem dúvida, é um dos momentos mais importantes que presenciei. Tomara que o passo dado agora seja só o primeiro de muitos. Que assim como o vôlei, nossas meninas do Handebol tenham vida longa no topo mundial. Mas o momento não é de pressão. É de parabéns e muito orgulho por transformar uma "brincadeira de escola" (é isso que significava o Handebol para a maioria da população) numa medalha de ouro mundial. Que Fim de Ano heim! Boas Festas a todos e que nossas meninas do Handebol inspirem cada um a fazer de cada dia de 2014 um exercício de superação.
domingo, 22 de dezembro de 2013
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
Dia Feliz
Hoje é um dia muito especial para a torcida
brasileira. Data histórica em que demos um importante passo em busca de um
título mundial no próximo final de semana. Não, não estou tirando sarro do
Atlético Mineiro. Respeito a dor do Galo, mas o dia realmente é de felicidade,
orgulho nacional. Depois de vir crescendo a cada competição internacional,
nossas meninas no Handebol chegaram a semifinal do Campeonato Mundial. Quase no
anonimato (pelo menos por aqui, já que muitas jogam e são bem respeitadas na
Europa), nossas guerreiras estão fazendo bonito lá na Sérvia e já estão, no
mínimo, na disputa do bronze. Resultado de muita raça, superação, determinação
e todos os adjetivos de eficiência que esse grupo merece. Depois de perder o
segundo tempo inteiro, nossas meninas conseguiram empatar no finalzinho e
precisaram de duas prorrogações para a consagração em cima da Hungria. O
próximo desafio é contra a Dinamarca, nova pedreira, mas elas podem e merecem
subir mais esse degrau. Para elas, só elogios, mas é hora de falar de um
fiasco. Não, não vou falar do Ronaldinho Gaúcho e Cia. Tenho que mostrar minha
indignação com a mídia esportiva. Num país que pretende ser olímpico daqui a
dois anos é vergonhoso a cobertura jornalística da façanha do nosso Handebol
Feminino. Transmissão apenas pelo “Esporte Interativo”. Para achar alguma
reportagem consistente tem que buscar muito na internet. Mas não tem problema.
Mesmo sem reconhecimento, nossas meninas chegaram lá. Que para a semifinal na
próxima sexta–feira seja um pouco mais fácil acompanhar as nossas heroínas.
Independentemente do resultado final, hoje é um dia muito feliz para o esporte
amador do Brasil. Poderia ser também no tão badalado futebol, mas aí é outra
história....
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Cavalo de Tróia
O sorteio da Copa pode dar a impressão que
Deus é realmente brasileiro. Afinal, Croácia, Camarões e México não trazem
grandes sobressaltos. Não dá nem para comparar com o grupo da morte em que os
campeões mundiais Itália, Uruguai e Inglaterra duelarão por duas vagas. Mas as
teorias conspiracionistas que era tudo “carta marcada” para facilitar o caminho
do Brasil até a final no Maracanã morrem logo na primeira fase. A partir das
oitavas o Brasil tem, sem dúvida, a pior projeção possível. Logo no primeiro
jogo mata-mata, Espanha ou Holanda. Passando, o próximo desafio será
provavelmente o segundo do grupo da morte. Correndo tudo bem, a peleia na
semifinal seria contra Alemanha ou França. Para colocar a mão no hexa, o último
adversário sairia entre o primeiro do grupo B (Espanha ou Holanda), a Argentina
ou o campeão do grupo da morte. Ou seja, o Brasil pode enfrentar quatro
campeões mundiais para ser campeão. Agora é hora de recorrer ao velho clichê
esportivo: “time que quer ser campeão não pode escolher adversário”. Não quero
ser pessimista, mas acho que esse sorteio plantou um belo cavalo de Tróia no
projeto Hexa. Não nos iludamos com a primeira fase. Todo cuidado é pouco!
sábado, 30 de novembro de 2013
Volta Por Cima
Não adianta. Brasília é um time marrento que
nunca vai ser simpático para as torcidas adversárias. Essa história de que o
Brasília era o Brasil na final da Liga Sul-Americana é retórica. Para mim
Brasília sempre será uma extensão do time de Ribeirão Preto, motivo mais do que
suficiente para eu manter distância. Agora, uma coisa eu tenho que admitir: a
equipe dá um show em termos de planejamento. Depois de ter feito sua pior
participação no NBB (Brasília terminou num surpreendente 5º lugar), o time se
encaminhava para um impasse: como conviver com o natural envelhecimento do trio
Nezinho, Alex e Giovannoni (assim como os Três Mosqueteiros tem o quarto
elemento que é o Arthur) e ainda assim se manter no topo? A escolha da
diretoria foi internacionalizar a equipe – a característica de trabalhar apenas
com atletas tupiniquins vinha desde os tempos de Ribeirão. Só que aí foi a
grande sacada. Brasília foi as compras não como quem vai ao McDonald´s e vai
pedindo apenas pelo número. Buscou o que havia de melhor no mercado. A começar
pelo brilhante técnico argentino Sérgio Hernandez, que trouxe junto o seu homem
de confiança, o uruguaio Osimani (20 pontos e inacreditáveis 13 assistências na
final). Para fechar o grupo e resolver o seu eterno problema de ter um pivô
daqueles, Brasília trouxe o americano Goree, grande destaque da final com 24
pontos e 8 rebotes. Com essa reformulação perfeita, Brasília não só voltou a
ser uma das referências nacionais, mas também retornou ao topo sul-americano. É
hora de deixar a rivalidade de lado e dar parabéns pela conquista.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Eu Acredito
Ainda não foi desta vez que a torcida
francana sentiu o gostinho de voltar a torcer pela equipe numa grande final,
mas, de certa forma, está tudo certo. O favoritismo era total de Bauru - o
grupo do Guerrinha está mais forte do que nunca e só perde mesmo para Brasília
e Flamengo, que seguem numa outra esfera conforme demonstrado no texto anterior
“Ranking Basketeria”. Depois de uma primeira fase totalmente irregular, o
Franca Basquete surpreendeu ao eliminar o São José nas quartas-de-final e foi
guerreiro ao brigar até o último minuto da quinta partida de igual para igual
com Bauru. Da mesma forma que, por um lado, dá uma satisfação ver o esforço
deste grupo em quadra, por outro fica a sensação de que, com pequenos ajustes,
dava para ir mais longe. Desde o início deste projeto de reformulação iniciado
pelo Lula Ferreira e a nova diretoria do Franca Basquete eu sempre defendi que
as coisas estavam no caminho certo, mas precisava de paciência. Continuo acreditando
que o sucesso está logo em frente, mas acho que as principais diretrizes deste
projeto precisam ser retomadas. Numa análise criteriosa da participação no
Paulista, dá para perceber que o Franca deu um passo para trás em relação ao
último NBB. Na temporada passada, o Franca foi a sensação do campeonato por
apostar nos jovens talentos e por apresentar uma defesa impecável. Neste
Paulista, com a chegada de novos reforços, os “meninos de Franca” perderam
importantes minutos em quadra e a defesa já não foi mais consistente. Acho que
dá para recuperar, aliás muito já foi reconquistado na fase final do playoff. Hayes
e Paulão encaixaram bem na equipe, mas ainda não entendo o retorno do Basden.
Cauê e Léo (quando retornar) estão prontos para explodir. É hora de apostar no
novo, confiar no que deu certo no ano passado e arriscar ainda mais. Ficar
entre os quatro primeiros para decidir em casa no playoff do NBB6 é o primeiro
grande objetivo. As duas derrotas logo de cara podem fazer falta no final,
mas eu acredito. Vamos Franca.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Ranking Basketeria
Na semana passada, o colunista
Guilherme Tadeu do site Basketeria (http://basketeria.com.br/noticias/extra/colunistas/top-100-25894/)
numa corajosa análise elencou os 100
melhores jogadores do NBB 6 – só por ter dedicado um tempo para montar esse
ranking o colega já tem o meu respeito e está imune a críticas, parabéns pela
iniciativa. É lógico que se for verificar item por item da classificação,
naturalmente surgirão discordâncias: Fulano deveria ter ficado três posições na
frente, o Ciclano não deveria nem aparecer na lista, Beltrano de fora é
sacanagem e por aí vai. De qualquer forma, o mais importante de um levantamento
como esse é ver, no todo, o quão fiel está em relação à realidade do nosso
basquete. Uma forma que eu encontrei de “testar” o ranking, foi fazer uma
pontuação geral para chegar às melhores equipes da competição. Fui colocando a
pontuação de cada atleta (Marquinhos = 1, Murilo = 2, Alex = 3, etc). Os
atletas que não aparecem no ranking receberam a pontuação 110 e, ao final,
totalizo a pontuação de cada equipe. Nesse caso, quanto menos pontos, mais
forte é o elenco. Fazendo o ranking apenas pelos cinco jogadores principais,
Brasília lidera (48 pontos), seguido de Flamengo (60), Bauru (121), São José
(148), Franca (152), Pinheiros (173), Uberlândia (183), Paulistano (228), B.
Cearense (229) e Limeira (248). Considerando o grupo como um todo – contabilizei oito
jogadores de cada time (foi o máximo de atletas por equipe que apareceram no
ranking do Basketeria e normalmente esse é o número de jogadores mais efetivos de cada grupo). Nessa análise, Franca (355) rouba o quarto lugar de São José
(420) e o Paulistano (481) também inverte com Uberlândia (492). No mais, o
ranking se mantém o mesmo. Desta forma, a disputa na ponta da tabela do NBB 6
fica entre Brasília e Flamengo (sem novidades), Bauru entra como a terceira
força, e aí um grupo bem embolado com São José, Franca, Pinheiros, Uberlândia e
Paulistano. Um pouquinho atrás, Basquete Cearense e Limeira. Com certeza esse
ranking de forças se não for perfeito está bem próximo disso. Ou seja, o
ranking do Basketeria é confiável e muito importante para ajudar nos palpites
de início de temporada. Novamente parabéns ao Guilherme Tadeu pela cesta
certeira.
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Falta Scola no Brasil
Não existe um erro ortográfico no título. Que
é fato que faltam escolas no Brasil é inegável, mas não tenho profundidade para
falar do tema educação. O assunto hoje é a improdutiva polêmica que o
ex-jogador Oscar tenta levantar contra os atletas da NBA Nenê e Leandrinho. É
uma polêmica desnecessária e irrelevante. É certo que Nenê não se tornou para o
Brasil a referência que Luis Scola se tornou para os nossos vizinhos. O pivô
argentino parece que se transforma em dois com a camisa da seleção e, infelizmente,
nós já sentimos isto na pele várias vezes. Mas não acredito que Nenê optou em
não ser o nosso Scola. Tem vários fatores que levam a este resultado e, a
maioria deles, não é uma opção de Nenê e simplesmente uma consequência natural.
Nenê tem o estilo mais quieto em quadra e fora dela. No mais, algumas vezes
pode até ter optado em não jogar pelo Brasil, mas na grande parte das vezes que
esteve ausente foi uma decisão involuntária, decorrente de contusões e até de um
câncer (muitas pessoas não sabem ou se esqueceram, mas a carreira do nosso
pivozão poderia ter sido interrompida há anos). De todos os nossos atletas NBA
o que mais tem o perfil para ser o nosso Scola é, do meu ponto de vista, o
Varejão, mas também contusões e intempéries desafiam nosso ídolo. Como eu já disse
no texto anterior (“Fim da Linha”) esta questão das ausências tem que ser
friamente analisadas. Algumas são justificáveis, outras não. Agora se os nossos
NBA não se tornaram um Scola, o Oscar, que agora critica, também não foi. Sempre
jogou na seleção é verdade, mas muitas vezes muito mais por um foco pessoal do
que pensando na equipe ou até no país. Ao falar que Nenê e Leandrinho não
lideram a seleção, talvez ele esqueça que a sua liderança também não foi tão
benéfica assim. Tudo bem, tem o título do Pan de 87, que Oscar não ganhou
sozinho, mas depois foi uma sequência de anos em que o jogo coletivo e de
contra-ataque foi se perdendo. A “cadeira cativa” do Oscar custou uma renovação
na seleção e com certeza isto foi um dos principais fatores que tiraram o
Brasil de três Olímpiadas. Reitero que não é hora de criticar. O passado já se
foi e o presente não se muda do dia para noite. Se quisermos ter um Scola
amanhã, temos que mudar o nosso comportamento hoje. Respeito a todos os atletas
é um ótimo início.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Achei Errado
Depois da chegada do técnico Magnano, achei
que o basquete brasileiro estaria livre das campanhas catastróficas. Achei que
não teria mais a sensação de desespero ao torcer pelo nosso basquete. Achei que
realmente poderíamos voltar a estar entre os melhores do Mundo. Achei que o Brasil sofreria, mas conseguiria uma das quatro vagas diretas para o Mundial 2014. Achei tantas
coisas que agora não fazem o menor sentido. Uma coisa que eu jamais tinha
achado é que o Brasil seria eliminado da Copa América com quatro derrotas. A
primeira para Porto Rico vai lá, talvez seja a equipe que está com menos
desfalques para a competição. A derrota para um Canadá, que tem uma geração
talentosa, pode até ser justificada, desde que não fosse por 30 pontos. Já os
tropeços para Uruguai e Jamaica, exatamente na hora em que não podia, aí não tem
nenhuma explicação. Acho que é justo ter raiva, decepção neste momento, mas é preciso ter calma para não despejar críticas
meramente destrutivas. Acho que não se deve buscar um culpado, até porque um resultado
como este não tem um único responsável. Não vou entrar no mérito de cada
uma das nove ausências, só acho que algumas foram justificáveis, outras não. Acho
que para os desfalques da NBA, Magnano até tinha conseguido algumas
alternativas razoáveis, mas a saída de Marquinhos na véspera da Copa América
abalou todo o planejamento. Acho que Magnano continua sendo um notável, mas quando ele perdeu a sua principal e praticamente única referência na ala, acho que ele poderia ter arriscado e feito uma
convocação emergencial trazendo novamente Léo Meindl ou o Gui Deodato. Porém, acho que
Magnano é muito ortodoxo para fazer alterações tão significativas na véspera da
competição. Ele preferiu apostar nos
atletas que já estavam concentrados. Respeito a decisão, mas acho que o Brasil chegou na Venezuela com um
grupo recheado de armadores e extremamente baixo. Agora, mesmo com todas estas limitações e
contratempos, a instabilidade psicológica que pairou sobre quase todos
jogadores não tem o que falar - acho que nem se recorresse à Física Quântica conseguiria uma explicação. Foi um verdadeiro nocaute, mas a vida segue e é preciso continuar. Por mais que Magnano não esteve na sua melhor empreitada, acho que ele deve seguir seu trabalho de formiguinha por aqui. Acho que na vergonha que ele está sentindo agora, Magnano pode
encontrar a força para liderar as importantes mudanças que o basquete brasileiro
precisa. Neste momento é quase impossível ser otimista, mas espero que, em breve, possa voltar a achar tudo que já achei um dia.
domingo, 1 de setembro de 2013
Boa Noite Brasil
Se o dia começou ótimo com as nossas meninas
do vôlei dando um show em quadra, o brilho do entardecer veio do tatame. Por
muito pouco, mas muito pouco, não encerramos o Mundial do Judô com um ouro da
equipe feminina, mas não tem problema - perder para o Japão nas lutas é o mesmo que perder para os EUA no basquete. Ou seja, é uma prata para fechar com chave de
ouro a campanha das nossas “poderosas”. Se no masculino tivemos apenas uma
medalha de prata (Rafael Silva), no feminino, além da prata de hoje, a lista
inclui um ouro (Rafaela Silva), duas pratas (Érika Miranda e Suelen Altheman) e
dois bronzes (Sarah Menezes e Mayra Aguiar). Resultado de um projeto sólido e
de muita persistência. Sabemos as dificuldades que as mulheres enfrentam em
diversas áreas. Então, chegar nesta equipe sólida, que não tem uma
protagonista, mas sim um grupo homogêneo de encher os olhos.
Hoje os homens têm que se render ao charme feminino. Acordamos felizes com o
vôlei e dormimos extasiados com nossas judocas.
Bom Dia Brasil
A você que está acordando agora, saiba que a
expressiva galeria de títulos do nosso vôlei ficou ainda maior nesta madrugada.
Na terra do Sol Nascente quem mais brilhou nesta semana foram nossas meninas,
que voltam para o Brasil com o nono título do Grand Prix. Se em Londres o bi
olímpico chegou, após um início inconstante e uma recuperação inesquecível, a
campanha agora foi impecável, convincente. Na fase final, cinco jogos, cinco
vitórias, nenhuma partida decidida no quinto set. Reiniciar o ciclo olímpico já
com um título não tinha como ser melhor. Mais que o troféu em si, o que empolga
e nos enche de orgulho e otimismo é a forma como o Brasil jogou este Grand
Prix. Além de manter a base olímpica, Zé Roberto iniciou uma gradual e muito
bem feita renovação, já de olho no Rio-16. As gêmeas Monique e Michele tiveram
seu espaço, mas a grande protagonista das novas integrantes foi a Gabi. Com “apenas”
1,76m, nossa revelação de 19 anos parece frágil e indefesa em quadra, mas só
num primeiro momento. Com a bola nas mãos, Gabi se torna uma gigante, capaz de
ultrapassar as bloqueadoras mais altas e as melhores defesas do mundo. Foi bom
de mais ver a personalidade da Gabi, na verdade de toda a seleção. Aproveitem o
domingo que já começou dourado e ainda tem o último dia do Mundial de Judô.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Orgulho Brasil
Rafaela Silva cativa não porque é infalível,
invencível, perfeita. Seu encanto vem da simplicidade, da certeza de que ela é
igual a mim, a você. Rafaela é gente como a gente, mais uma digna representante
da imensa família Silva. Assim como milhões de brasileiros, Rafaela estava em
busca de uma única chance e foi de quimono, faixa e muito suor no tatame que a
sua oportunidade apareceu. Já considerada uma das maiores judocas brasileiras, Rafaela
Silva chegou a Londres-12 com a injusta cobrança de que tinha obrigação de
voltar para casa com medalha. Com apenas 20 anos, Rafaela foi vítima da opinião
pública (e não pública). A partir de um episódio isolado, alguns tentaram
transformar a grande revelação brasileira numa vilã. Não seria este o primeiro
obstáculo de Rafaela, não seria este obstáculo que a derrubaria. Logo nos
primeiros passos do judô, a brasileira de nunca desistir aprendeu importante
lição: o importante não é nunca cair, mas sim sempre levantar. E assim fez
Rafaela. Perseverou na certeza de que a volta por cima não tardaria a chegar.
Um ano depois, com o apoio da torcida, Rafaela se tornou a primeira judoca
brasileira campeã mundial. Poucas vezes me emocionei tanto com uma conquista.
Talvez porque saiba que a vitória de hoje tem um significado além do esporte. É
o reconhecimento, ainda que tardio, da mulher, do negro, enfim de todo o povo brasileiro.
O sucesso de Rafaela mexe comigo de uma maneira ambígua: fico feliz porque
tenho uma guerreira Silva para me orgulhar, mas ao mesmo tempo fico triste
porque sei que para chegarmos a uma Rafaela, ainda desperdiçamos milhões de
Marias, Anas, Joãos e Josés.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Lampejo Olímpico
O ano pós-Olimpíadas é naturalmente parado.
Depois de quinze dias de multicompetições, em que os atletas dão o seu máximo
(e, de certa forma, eu também para conseguir acompanhar tudo), é legítimo que
eles tenham um período de descanso, hora de redefinir o planejamento e já olhar
para o novo ciclo olímpico que se inicia. Entendo que eles precisam e merecem
este tempo, mas confesso que esta época de calmaria me deixa meio macambúzio. Dá
uma melancolia rodar pelos canais de esporte e só ver partidas de futebol, mas
aos poucos a minha “abstinência olímpica” vai acabando. Já teve os Mundiais de
Atletismo e Esportes Aquáticos e agora esta semana promete: começou com a
inédita prata de Yane Marques no Mundial de Pentatlo e ainda tem o Mundial de
Judô aqui no Brasil, as finais do Grand Prix de Vôlei Feminino e o início da
Copa América de Basquete Masculino. Se o calendário deste ano é “folgado”, alguém
pode se questionar se precisava ter tantas competições importantes na mesma
semana? Com certeza. Afinal, uma derrota numa modalidade aqui é compensada com
uma vitória acolá. A lágrima pela medalha que não veio hoje se transforma em
alegria pela façanha inédita amanhã e assim por diante. Enfim, fica o convite
para acompanhar de perto esta semana, verdadeiro lampejo olímpico para quem
estava com saudades.
sábado, 3 de agosto de 2013
Cielo é o Cara
Cielo se
orgulha de nós
E sabe que
como brasileiro
Nada é fácil,
vem pronto
Tudo é duro, está
por fazer
Depois de não
sair com ouro
Em Londres-12,
nosso gigante
Passou por
cirurgia nos joelhos
O que poderia
ser o final
Foi o
recomeço, novas alegrias
Cielo é a
vitória da superação
Seu corpo foi
feito para nadar
Sua cabeça,
focada para ganhar
Cielo não se
alimenta do passado
Sua força está
no novo desafio
Com o olhar
humilde dos grandes
Inspira uma
nação órfã de líderes
Cielo respeita
todos adversários
Mas sabe que o
pior de todos
É o medo
interno que trava
Com esse,
Cielo é impiedoso
Cielo,
explosão física e mental
Na hora da
verdade, nem respira
Depois, com o
ouro no peito
A rocha se
derrete em lágrimas
Saiba que não
chora sozinho
À distância,
um país inteiro
Chora de
orgulho por Cielo
Genialmente
tri Mundial
segunda-feira, 29 de julho de 2013
O Campeão Voltou
Depois de sair das Olimpíadas de Londres sem
o tão esperado ouro, Cesar Cielo passou por cirurgia nos joelhos e, desde
então, não conquistou nenhum grande resultado. Chegou ao Mundial de Barcelona
sem os melhores tempos do ano e, o que antes era favoritismo absoluto, passou a
ser uma imensa dúvida. Cielo chegou à final dos 50m borboleta com o segundo
melhor tempo do ano, atrás do também brasileiro Nicholas Santos. Acompanhado de
franceses e americanos, os brasileiros apostavam que precisariam ser ainda mais
rápidos se quisessem sair com o ouro. Porém, não foi o tempo o grande desafio
da final. Se antes, cinco “velocípedes” nadaram abaixo dos 23 segundos, na
grande decisão não houve nenhum! Na pressão final, mais do que técnica, força e
velocidade, vale quem melhor domina a mente. E, neste ponto, Cielo continua
imbatível. O campeão voltou em grande estilo. Parabéns pela quinta medalha
dourada em Mundiais e a coleção ainda pode aumentar nesta semana. Quem também
colheu hoje os frutos de anos de dedicação foi Felipe Lima, que fez o melhor
tempo de sua vida (59s65) para sair das águas da Espanha com um merecido bronze
nos 100m peito. Depois do sucesso, principalmente de nossas meninas nas provas
da maratona aquática (Poliana Okimoto e Ana Marcela Cunha), nossos atletas “gigantes
pela própria natureza” seguem fazendo história em Barcelona. Bom demais!
domingo, 21 de julho de 2013
Mal Acostumados
Depois de tantas conquistas do nosso vôlei, o
título passou a ser quase uma obrigação, mas as coisas não funcionam assim. Talvez o Brasil pudesse ter resistido um pouco mais, mas, justiça
seja feita, a favorita para esta partida era a Rússia. Além de serem os atuais
campeões olímpicos (dá até arrepio de lembrar aquela partida), eles estão mais
entrosados e esbanjam altura, potência e frieza para as horas decisivas. A
verdade é que estamos mal acostumados com o passado de conquistas de
Bernardinho e seus pupilos, mas este vice é prova de que estamos no caminho
certo. Ganhar ou perder faz parte do esporte, mas o mérito do vôlei brasileiro
é provar que, geração após geração, continuamos entre os melhores. É a certeza
que o novo ciclo olímpico nasce num projeto sólido e de muito futuro. É
lógico que o título de hoje era importante, mas o que vale agora é adquirir experiência
– e, vamos combinar, que nada melhor do que uma derrota doída para trazer
valiosos ensinamentos. O importante agora e seguir em frente com muito trabalho
para quem sabe, num palco olímpico e no Brasil, conseguir a tão esperada
revanche contra os russos. Até lá vamos
apoiar os nossos meninos, que ainda têm créditos de sobra!
domingo, 30 de junho de 2013
Cuidado Com Este Filme!
Analisando apenas a final de hoje não dá para
falar uma vírgula do Brasil. Time aguerrido, entrosado, incansável, implacável
e, faz parte dos times campeões, até com uma dose de sorte. O Brasil que sai
das Copas das Confederações em nada se parece com aquele amontoado de dúvidas e
incertezas do início da competição. Além de o Brasil voltar a ter uma espinha
dorsal, Neymar jogou na seleção o que fez o Barcelona se encantar, sem falar
que Fred foi a certeza de que temos novamente um legítimo camisa 9. Agora de um
ponto de vista mais profundo esta vitória, ainda mais por goleada, preocupa. Ao
longo da semana (veja o texto “Força Espanha!”), já havia expressado toda a
minha temeridade em relação a uma eventual vitória verde-amarela contra a
Espanha. A um ano da Copa, esta vitória pode dar uma falsa impressão de que voltamos
a ser os melhores do mundo. Fomos bem, mas é só um torneio preparatório, que
pode ser bem traiçoeiro. Basta ver o retrospecto: nunca uma seleção que ganhou
a Copa das Confederações conseguiu levantar a taça no Mundial do ano seguinte.
Espero que Felipão tenha consciência disto e consiga manter o seu grupo focado
para o objetivo que realmente interessa: o hexa. Se dentro de campo, hoje foi
dia de resgatar um pouco nosso prestígio, espero que as manifestações pacíficas
continuem em busca de outras conquistas.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Não Entendi
O Franca Basquete acaba de anunciar que
fechou o grupo para a temporada 2013/2014. Depois de uma temporada de encher os
olhos da torcida, o grupo francano manteve uma base com Figueroa, Cauê, Léo
Meindl, Lucas, Jhonatan e Socas. Para completar este elenco de qualidade, o
Franca trouxe quatro reforços: Paulão, Feliz e os americanos Hayes e Basden. De
todas as novidades, a que mais me empolga é o Paulão. Na temporada passada, em
Brasília, ele estava um pouco acima do peso, mas realmente acredito que pode
ser o “pivozão” que Franca não tinha – para mim, o Lucão tem que ser deslocado
para a função 4 e jogar lado a lado com o Paulão. Também gosto do Feliz. Ainda
não o vi muito em quadra, mas acredito que tem potencial e segue a filosofia
implantada no ano passado de Franca apostar em novos talentos. A contratação de
Hayes, bem criticada nas redes sociais, até que não discordo tanto. Não sei a
que preço ele veio, mas se veio por um salário “normal”, acredito que ele possa
ser importante no revezamento da equipe – afinal, repito que a titularidade do
garrafão tem que ficar com Lucão e Paulão. Agora, o retorno do Basden não entendi:
não é o arremessador decisivo que o time precisa, não é jovem e não deve ser
barato. Mas, enfim, agora que já foi contratado não adianta criticar. Vamos dar
um voto de confiança ao Lula, que desenvolveu um projeto magnífico na última
temporada. Confesso que agora estou um pouco apreensivo – só não fico
desesperado porque Cauê e Léo já mostraram que estão prontos para serem titulares.
Vou continuar torcendo e só espero que o torcedor francano não termine a
temporada tendo que resgatar o mestre Renato Russo: “quando nascemos fomos
programados a receber o que vocês nos empurraram com os enlatados dos U.S.A.”
Força Espanha
Fiquei muito feliz com a chegada do Brasil à
final da Copa das Confederações. Sinal de que Felipão e seus pupilos estão no
caminho certo: mostraram determinação e uma significativa evolução. Mas agora,
no tão esperado duelo contra Iniesta e Cia., vou torcer pela Espanha. E não me
chamem de “vira-casaca”. Os motivos desta escolha são genuinamente brasileiros.
Afinal, uma eventual conquista verde-amarela poderia abafar as vozes que ecoam
nas ruas de todo Brasil. Estas manifestações, pelos mais variados motivos,
precisam ser ouvidas, desde que de maneira organizada e pacífica. Outra coisa: se
o Brasil quer ter esperança de que pode ser campeão mundial no ano que vem,
este caminho não passa pelo troféu da Copa das Confederações. Vencer a Espanha a
um ano da Copa daria a falsa impressão de que o Brasil está pronto. Tudo que não
precisamos agora é de um time acomodado. Melhoramos, é verdade, mas muito ainda
tem que ser feito, dentro e fora dos gramados. Enfim, seja pelo lado social,
seja pelo lado esportivo, a derrota do Brasil no próximo domingo será nossa
maior vitória. Então, força Espanha!
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Genialmente LeBron
Existem atletas que desafiam a minha análise
crítica. Não me considero um sujeito indeciso, mas há craques que não me
permitem fechar um veredito: hora acho que eles são fenomenais, hora acho que
são “só” ótimos. Neste momento, os gênios do esporte que pulsam na minha cabeça
são Lebron James e Neymar. Vamos deixar o futebol de lado - Neymar merece um
texto a parte - e vamos nos concentrar no gigante LeBron. O nível do cara é
para pouquíssimos, mas tem dias que se tivesse que escolher um único jogador ficaria
com Kobe ou Durant, só para citar jogadores em atividade. Já tem outros dias em
que olho LeBron como o gênio da raça, alguém realmente capaz de ameaçar a
dinastia Jordan. Neste momento, depois de tudo que LeBron fez ontem estou tendendo
para esta segunda opção. A monstruosidade física de LeBron é inquestionável,
mas agora ele está agregando maturidade. Para se sagrar bicampeão da NBA,
LeBron foi vários: teve a agilidade e habilidade de um armador, a veemência
física de um pivô e a precisão e frieza que se espera de um ala. Foi transcendental
ver o cara em quadra. Realmente dá para comparar Lebron com Jordan? Não sei,
Jordan é impecável obra acabada, Lebron é poesia em construção. A dúvida
permanecerá por alguns anos, mas não importa, uma coisa eu tenho certeza: LeBron
já é LeBron, marca imortal de divina qualidade.
sábado, 15 de junho de 2013
Tri Legal
No futebol, o número mais charmoso sempre foi
o 10. Não que Neymar tenha jogado mal, mas quem roubou a cena na estréia do
Brasil na Copa das Confederações foi o 3.
Acompanhe: um gol aos três minutos
do primeiro tempo; segundo gol aos três minutos
do segundo tempo e o último gol aos três
minutos de acréscimo. Placar final: 3
x 0 e os três primeiros pontos na
competição. Tudo bem que dos três adversários
da primeira fase, o Japão é, em teoria, o mais fraco, mas com certeza foi uma
vitória para dar confiança ao Brasil. Sem euforia, afinal ainda faltam três jogos até a final. Para encerrar,
mais três apontamentos: não sei como
está a estrutura de perto, mas pela TV o Mané Garrincha ficou com cara de Copa;
o Brasil ainda não encanta, mas o time titular para a Copa está praticamente definido;
o jogo foi em Brasília, mas se fosse em Porto Alegre o coro ao final da partida
seria Brasil “tri-legal”.
sábado, 1 de junho de 2013
Justo
Não gosto do estilo “catimbeiro-futebolístico”
da equipe de basquete do Flamengo - haja vista o lamentável episódio contra o
time de São José. Mas, verdade seja dita, a equipe carioca foi a melhor do NBB
5 e levou merecidamente o título. Depois de não chegar às finais na temporada
passada, o Flamengo foi às compras e trouxe, entre outros, Marquinhos, Benite,
Kojo e Olivinha. Além de ser, sem dúvida, o melhor elenco do Brasil, o
Flamengo, como toda grande equipe vencedora teve uma dose de sorte: por
incrível que pareça, o sucesso desta temporada passou pela contusão do
Marcelinho, até então a principal estrela do time. Sem um “fominha
incontrolável”, o técnico José Neto conseguiu dar uma cara mais coletiva ao
Flamengo, dividindo a responsabilidade entre os grandes atletas do time. Assim,
Marquinhos foi o MVP da temporada, Caio Torres o craque da final, Duda o herói
da semifinal e assim por diante... Esforço de muitos que rendeu o justo título
ao Flamengo. Falando dos campeões da temporada, vale ressaltar a volta em
grande estilo do Lula, que valeu o título de melhor técnico da temporada. No
quinteto ideal do campeonato, Fúlvio, Marquinhos Robert Day, Rafael Mineiro e
Caio Torres, novamente Flamengo campeão com duas escolhas. Realmente a
temporada 2013 é rubro-negra. Aos outros times é pensar em 2014.
terça-feira, 14 de maio de 2013
Nem Kaká, nem Ronaldinho
A grande polêmica que
antecedia a convocação para as Copas das Confederações era se Kaká ou
Ronaldinho teriam espaço para vestir novamente a amarelinha numa competição
oficial. Há quem queria a convocação dos dois, Felipão insinuava que era um ou
outro e, no fim, não foi nenhum. Jadson é que ficou com a última vaga no meio
de campo. Individualmente não dá para comparar Jadson à qualidade de Kaká e
Ronaldinho, mas a minha esperança é que Felipão saiba disso e tenha feito esta
escolha apenas como uma jogada de xadrez. Afinal é muito importante dar ritmo
de competição para a garotada talentosa como Oscar, Lucas e Bernard (sem dúvida
uma aposta certa). Assim, levar um Ronaldinho ou Kaká para a Copa das
Confederações para ser banco não seria nada estratégico. Deixa o Jadson nesta
função, solta a molecada para brilhar com a camisa da seleção e Ronaldinho e
Kaká ficam como belíssimas cartas na manga. Se Felipão pensou em tudo isso,
ponto para ele, realmente o cara é fera. Agora, se Felipão abriu mão de Ronaldinho
e Kaká, aí.....
sexta-feira, 10 de maio de 2013
Saldo Positivo
No início da temporada todos apostavam que a
reformulação total do Franca Basquete estava no caminho certo, mas que os
primeiros grandes resultados aconteceriam em três, quatro anos. De repente, a
garotada foi tão bem que a torcida francana passou a acreditar num sucesso
imediato e realmente o time teve chance reais de passar para a semifinal e, com
a eliminação surpreendente do Brasília, quem sabe até para a grande final. Mas
a verdade é que, esquecendo o jogo de hoje e fazendo uma análise fria, Franca
foi bem demais. Sem falar que Bauru, há tempos, merece esta oportunidade pelo
trabalho sólido e persistente liderado pelo Guerrinha. Ao contrário da
temporada passada, Franca se despede neste ano com uma base a ser mantida. Agora,
a diretoria vai ter que mostrar serviço para segurar os jogadores que, com
certeza, saem deste NBB valorizados. Além de manter esta base, seria perfeito
duas contratações certeiras: um “matador” (Franca ainda não tem o cara que desequilibra
no ataque) na posição 2 ou 3 e um “xerife” no garrafão. Mas isso com certeza já
está sendo arquitetado pelo brilhante Lula, que sem dúvida voltou em grande
estilo. Bom, Franca se despede hoje, mas Flamengo, Uberlândia, Bauru e São José
ainda têm muita lenha para queimar numa eletrizante semifinal. Falar qualquer
coisa nesta etapa é muito arriscado, mas meu palpite (na verdade minha torcida)
fica com São José.
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Merecido
Depois de tudo o que o Franca Basquete
demonstrou neste NBB, o mínimo que a garotada do Lula merecia é este quinto jogo
contra o Bauru e com certeza dá para sonhar mais alto. Tenho que confessar que
achei que o grupo não teria forças para superar as ausências do Teichmann e
principalmente do Jhonatan, com certeza o motor-mestre de Franca durante toda a
temporada. Mas é impressionante como Lula conseguiu, em tão pouco tempo,
resgatar um padrão de jogo, que independe dos jogadores que estão em quadra –
hoje os destaques foram Figueroa (14 assistências) e Romário (16 pontos com
100% de aproveitamento), mas bem poderia ter sido Lucas, Cauê, Léo. A força de
Franca reside no coletivo e não numa estrela individual. Numa série em que
todos os jogos foram vencidos pelo mandante, é inevitável que o favoritismo
seja de Bauru, mas os garotos de Franca já demonstraram que desistir não faz
parte do seu estilo de jogo. Se for para cair, que caíam de pé, enchendo de
orgulho a torcida, que há muito tempo não via tanta raça e superação em quadra.
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Não Deu
Franca esteve muito perto de coroar o
trabalho de renovação da equipe com a vaga direta para as quartas-de-final do
NBB, mas, no finalzinho, o Uberlândia do “sempre francano” Hélio Rubens calou o
Pedrocão. Melhor para o Bauru, que garantiu - ao lado do Flamengo, Brasília e
do próprio Uberlândia - a última vaga do “Quarteto Fantástico”. Não deu, mas agora
não dá tempo para baixar a cabeça. Na terça-feira, a garotada do Lula já começa
o playoff. Quem sabe esta primeira rodada não sirva para acertar os últimos
detalhes e vir aceso para o confronto contra o Bauru, que vai ter o privilégio
de jogar três partidas em casa. Não é desculpa de perdedor (é lógico que eu
queria que Franca terminasse em quarto), mas nos dois confrontos da primeira
fase entre Franca e Bauru, o visitante levou a melhor. De qualquer forma, antes
de confiar nesta estatística, tem um adversário a ser respeitado e batido: a
Liga Sorocabana e todo cuidado é pouco.
sábado, 16 de fevereiro de 2013
Vitória com V Maiúsculo
A garotada de Franca já vinha fazendo bonito
no NBB com uma campanha consistente e, para muitos, até surpreendente. Faltava
ainda uma Vitória maiúscula para consagrar esta reformulada equipe. Agora não
falta nada! Os meninos do Lula conquistaram hoje o que ninguém conseguiu em 20
rodadas: vencer o líder Flamengo e olha que foi em pleno Rio de Janeiro. A
virada no finalzinho mostra a maturidade dos jovens talentos. Figueroa e
Teichmann foram importante segurança, mas, para mim, a alma francana em quadra
é Jhonatan – fora de quadra, Lula é peça fundamental neste projeto. No início
da temporada, alguns críticos falaram que esta equipe não estava à altura da
tradição francana. Agora, este grupo está mostrando que merece sim vestir o
manto da Capital do Basquete e, mais, estão repetindo o que os meninos do
Pedroca fizeram há 50 anos: chegam sem favoritismo, mas com muita defesa, raça
e vibração superam as equipes “da cidade grande”. Em algum lugar, o “Pai de
Tudo” Pedroca está muito feliz hoje. É lógico que a briga pelo título é outra
história. Mas a meta, várias vezes repetida por Lula, de ficar entre os quatro
primeiros está ficando cada vez mais com cara de possível realidade.
domingo, 27 de janeiro de 2013
Que Fase!
O Esporte, independentemente da modalidade, é
uma disputa em duas camadas: uma é o atleta contra ele mesmo, na busca
individual de vislumbrar seu limite e sentir que dá para ir um pouco mais. A
outra é a disputa propriamente dita entre dois times, dois atletas. E para
brilhar, marcar o nome na história, estes dois universos paralelos tem que se
encontrar num momento único. Quantas vezes já vi atletas fazerem a sua melhor performance
e ainda sim saírem derrotados porque o adversário também “resolveu” estar no
melhor dia. De nada adianta marcar três gols num único jogo, se teve alguém que
marcou quatro no mesmo dia. E foi justamente isto que aconteceu hoje. Em tempos
que Lionel Messi é literalmente o “dono da bola”, o português Cristiano Ronaldo
vem se reinventando para mostrar que pode fazer sombra ao gênio argentino. Se o
título de craque do ano está praticamente impossível de tirar de Messi, o
Ronaldo lusitano entrou hoje em campo disposto a levar, pelo menos, o troféu de
craque da semana. Em dez minutos, três gols e o português saiu ovacionado de
campo, pensando como é bom se sentir o melhor. Na mesma rodada, o incansável
Messi foi contabilizando um, dois, três, sensacionais quatro gols. É Cristiano
Ronaldo você é bom, já está escalado no time dos imortais, mas o “fominha” do
Messi não está querendo ter dar nem um dia de rei da sua geração. Como diz o
grande Milton Leite: Que Fase!
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