Quando os alemães calaram o país após a estrondosa (para não dizer desastrosa) goleada de 7 a 1, todos acreditavam que o fundo do poço havia chegado, que não era possível afundar mais. A dor era tremenda, mas ficava a esperança de que o vexame em casa seria um marco zero. Todas as lições seriam duramente aprendidas e o futebol brasileiro renasceria para voltar a ser o melhor do mundo. O caminho mais óbvio era aliar o talento e a criatividade do nosso futebol moleque à modernidade e um olhar diferente de um técnico estrangeiro. Eu iria de Diego Simeone sem pensar. Mas a CBF não aprendeu nada com o duro golpe levado há 15 dias. Em vez de levantar, cicatrizar as feridas e olhar para a frente, os retrógrados dirigentes resolveram deram um passo para trás e foram buscar em Dunga a perpetuação do caos. Sou sempre otimista e acho que todo projeto novo merece um voto de confiança, mas desta vez não dá para ser favorável. Não consigo entender o inexplicável. Não existe renovação alicerçada num passado que já se mostrou errado. Gostaria que o futuro demonstrasse que o meu pessimismo foi exagerado. Voltaria ao blog para pedir desculpas a Dunga e Cia. Mas de imediato fica o profundo inconformismo. Só não estou mais desesperado porque acho que Dunga não chega à Copa de 2018. Resta saber se quando a nova mudança for feita já não vai ser tarde demais!