Quando o último quarto da partida decisiva entre Uberlândia e Franca
começou, devo confessar que já estava pensando no texto de balanço da temporada
2013/2014 da equipe francana. Sorte que eu não escrevi nenhuma linha, pois teria sido trabalho perdido. Em dez minutos, Lula e seus meninos
protagonizaram aquelas viradas que poucas vezes acontecem, mas que transbordam
a emoção que só uma partida acirrada de basquete pode proporcionar. De repente
não parecia que Uberlândia era o atual vice-campeão do NBB e que era quem
jogava em casa. Não parecia que era do time mineiro os jogadores mais
experientes como Helinho, Valtinho e Robert Day. A cada lance, Franca seguia
sua tentativa de recuperação. Parece que o padrão de jogo que faltou durante
toda a temporada de classificação ficou reservado para esses dez minutos de
partida. A defesa incansável, que foi o grande segredo de Lula e seus meninos
na temporada passada, retornou. No ataque, a consciência de que uma diferença
de dois dígitos leva tempo para ser retirada. Por isso nenhuma bola pode ser
desperdiçada. Franca foi buscar no jogo coletivo a virada. Tanto que essa
vitória não tem um único responsável. O gigante Paulão continuou sendo a
certeza no garrafão, Léo, Jhonatan e Basden fizeram o que se espera de um ala,
Antonio foi a surpresa que veio do banco e foi fundamental para que Uberlândia
não abrisse uma vantagem “irrecuperável”. Sem dúvida uma vitória que enche de
orgulho o torcedor francano, mas o campeonato segue e tudo o que aconteceu hoje
já é passado. O presente se chama Paulistano, que novamente tem a vantagem no
mando de quadra. Por isso é começar guerreiro desde o início e buscar pelo
menos uma vitória nas duas primeiras partidas em São Paulo.