O Brasil venceu a batalha contra a Colômbia,
mas saiu ferido de campo. A perda de Thiago Silva é temporária (apenas um jogo
de suspensão por cartão amarelo) e não preocupa. Aliás, não teria jogo mais
oportuno para a entrada de Dante do que a partida contra a Alemanha. Homem de
referência na zaga do Bayern, Dante conhece profundamente o futebol alemão e
pode ser peça fundamental no xadrez da semifinal. Agora, o que dói na alma é a
contusão de Neymar. Dói porque ele era a referência da equipe, um dos craques
da Copa. Dói porque o lance que o tirou da Copa foi totalmente desnecessário.
Dói porque ele estava aguentando a pressão e, mesmo sem ter ido bem hoje, era
capaz de decidir a nosso favor. Dói porque Neymar é o legítimo representante do
“futebol arte brasileiro”. Só não dói mais porque Willian e Bernard, possíveis
substitutos do camisa 10, também tem a criatividade atrevida, o jeito moleque
que encanta. A necessidade do Brasil se reinventar em tão pouco tempo transfere
todo o favoritismo à Alemanha, mas o que fascina no esporte é justamente a
superação. Por incrível que pareça foi só depois que foi confirmada a contusão
do Neymar é que eu passei a acreditar que o Brasil realmente pode ser campeão. Novamente
acredito no poder motivacional do Felipão para literalmente juntar os cacos e
manter acesa a chama do “Projeto Hexa”. Se não podemos mais ser campeões pelo
Neymar, podemos ser campeões para o Neymar. Justa homenagem que o craque e a
nossa nação merece! Vai Brasil.