sexta-feira, 4 de julho de 2014

Para Neymar

O Brasil venceu a batalha contra a Colômbia, mas saiu ferido de campo. A perda de Thiago Silva é temporária (apenas um jogo de suspensão por cartão amarelo) e não preocupa. Aliás, não teria jogo mais oportuno para a entrada de Dante do que a partida contra a Alemanha. Homem de referência na zaga do Bayern, Dante conhece profundamente o futebol alemão e pode ser peça fundamental no xadrez da semifinal. Agora, o que dói na alma é a contusão de Neymar. Dói porque ele era a referência da equipe, um dos craques da Copa. Dói porque o lance que o tirou da Copa foi totalmente desnecessário. Dói porque ele estava aguentando a pressão e, mesmo sem ter ido bem hoje, era capaz de decidir a nosso favor. Dói porque Neymar é o legítimo representante do “futebol arte brasileiro”. Só não dói mais porque Willian e Bernard, possíveis substitutos do camisa 10, também tem a criatividade atrevida, o jeito moleque que encanta. A necessidade do Brasil se reinventar em tão pouco tempo transfere todo o favoritismo à Alemanha, mas o que fascina no esporte é justamente a superação. Por incrível que pareça foi só depois que foi confirmada a contusão do Neymar é que eu passei a acreditar que o Brasil realmente pode ser campeão. Novamente acredito no poder motivacional do Felipão para literalmente juntar os cacos e manter acesa a chama do “Projeto Hexa”. Se não podemos mais ser campeões pelo Neymar, podemos ser campeões para o Neymar. Justa homenagem que o craque e a nossa nação merece! Vai Brasil.