A primeira semana de competição do Pan termina de maneira muito positiva para o Brasil. Com 17 medalhas de ouro e 49 no geral, arrisco a dizer que se nossos atletas mantiverem o ritmo, poderemos chegar bem perto ou até ultrapassar o recorde das 54 medalhas de ouro conquistadas no Rio há 4 anos. A projeção que faço para atingir esta meta é a seguinte: 10 ouros na natação, 10 nas lutas (judô, boxe, caratê e taekwondo), 10 no atletismo, 10 nos esportes coletivos (incluindo o vôlei de praia) e 15 nas demais modalidades. A natação encerrou nesta sexta-feira arrebatando exatamente 10 ouros. As outras douradas vieram no vôlei feminino, vôlei de praia feminino, ginástica rítmica (três por equipe), tênis de mesa e tiro esportivo. Todas estas medalhas precisam ser muito comemoradas, mas é preciso fazer uma ressalva que, em muitas modalidades, o nível técnico do Pan é abaixo ao das Olimpíadas. É o que acontece, por exemplo, com Thiago Pereira, detentor de 12 medalhas de ouro na competição continental (seis no Rio e mais seis agora em Guadalajara), mas que, tenho certeza, trocaria todas por uma medalha olímpica ou mundial. De qualquer forma, a experiência no Pan é muito válida para aparar algumas arestas e chegar com tudo em Londres-2012. É o caso do vôlei feminino, que volta a ganhar um ouro depois de perder a final do Mundial e do Grand Prix, e do Cesar Cielo, que tirou a “inhaca” dos 100m livre ao fazer o seu melhor tempo no ano. Outro destaque é o inédito ouro de uma brasileira no tiro. De quebra, o triunfo de Ana Luiza Ferrão garantiu a vaga olímpica. Que venha a segunda semana do Pan com muito mais.