Depois do texto de ontem em que tentei detalhar toda matemática da Copa do Mundo, o meu objetivo era voltar a escrever do vôlei só na próxima sexta-feira, de preferência para falar da classificação das nossas meninas para as Olimpíadas de Londres. Infelizmente, fui solicitado bem mais cedo do que eu esperava. Com a derrota inesperada para o Japão por 3 sets a 0, o Brasil diz adeus a qualquer chance de pódio na competição. Em relação à vaga olímpica, nossas meninas terão mais duas oportunidades no ano que vem: uma seletiva continental e, se for necessário, o Pré-Olímpico mundial. O que preocupa é o lado psicológico que vem despencando nos últimos anos. No Mundial de 2010, a derrota foi na final no detalhe para a Rússia – tudo bem, ganhar ou perder faz parte do esporte. Veio o Grand Prix deste ano e fizemos uma campanha impecável na primeira fase parando na decisão contra os EUA – vai lá, a competição não é tão importante assim. Agora na Copa do Mundo – em que nem precisava o título e sim apenas terminar no pódio – o desequilíbrio começou já no primeiro jogo com o EUA e se arrastou durante todo o campeonato. Eu não gosto de criticar nenhum grupo esportivo, pois sentado no sofá ninguém tem a noção da pressão envolvida. Agora, sabendo do potencial da nossa equipe, a mesma que encantou o mundo com o ouro olímpico em Pequim-2008, é impossível não ficar desapontado. O bom que a tristeza de hoje pode ser o aprendizado para a alegria de amanhã. O resultado foi outro, mas a esperança é a mesma de ontem: Força meninas!