Eu não estava levando nada a sério esta
história que o Mundo vai acabar neste ano, mas agora estou muito preocupado.
Afinal, justo no primeiro dia da tal “semana fatal”, o Corinthians ser campeão
mundial da maneira “tradicional” – jogando fora do país contra um adversário
europeu na final – só pode ser sinal do fim dos tempos. E mais apocalíptico que
o título mundial em si é reconhecer que o Timão passa a ser uma referência para
todos os outros clubes brasileiros. Depois da queda para Série B no final de
2007, o clube só dá alegria para a fiel torcida, conquistando todos os títulos
possíveis (desculpe-me os são-paulinos, mas Sul-americana não conta): Paulista
(2009), Copa do Brasil (2009), Campeonato Brasileiro (2011), Libertadores
(2012) e agora o Mundial. A profissionalização corintiana veio garantida por
ninguém menos que Ronaldo, sem dúvida um projeto fenomenal de marketing e
gestão. Em 2011, a eliminação para o Tolima na Pré-Libertadores foi um susto,
mas o Corinthians apostou no projeto a longo prazo e manteve Tite no comando
técnico. Com certeza, o título mundial de hoje começou neste momento.
Confiante, Tite foi dando a sua cara ao time. Com um futebol simples, mas
eficiente, o Corinthians se tornou uma equipe difícil de ser batida e hoje não foi
diferente. Impulsionado pela “invasão da Fiel no Japão”, o Timão respeitou o
Chelsea, mas, em nenhum momento se intimidou ou mudou a sua forma de jogar. O
paredão Cássio foi confiança na defesa, o meio de campo liderado por Paulinho foi
mais incansável do que nunca e o ataque foi nas trombadas e raça até o gol “Guerrero”.
O bom de o mundo acabar nesta semana é que só vamos ter que engolir a festa do “Bando
de Loucos” por uns dias...