O campeão voltou, o campeão voltou... No caso
da Espanha, o campeão voltou para casa, após uma campanha frustrante na Copa. Para
o Brasil foi a melhor coisa que poderia acontecer. É verdade que foi justamente
a gente que iniciou a derrocada da Fúria na final da Copa das Confederações,
mas enfrentar os espanhóis num jogo eliminatório, ainda mais com clima de
revanche, seria muito arriscado. Vai que eles resolvem acordar justamente
contra o Brasil. Se para o projeto Hexa o “adiós” precoce dos atuais campeões é
uma ótima notícia, para o futebol mundial é ruim, muito ruim. É um fim
melancólico de uma geração que encantou o mundo, com uma nova forma de jogar
futebol. A Espanha, assim como o próprio Brasil em outros momentos, não soube
trabalhar bem a transição entre a geração vencedora e a posterior, que teria
todas as condições de continuar brilhando. A frustação que hoje assola os
espanhóis serve de alerta para todos que continuam sonhando com o título. A
Copa é um torneio muito rápido e que não perdoa erros. Por isso é bom o Brasil
realmente ficar em primeiro do grupo. Com todo respeito ao Chile, mas
pegar uma Holanda embalada na próxima fase é demais para o futebol que apresentamos até agora...
quarta-feira, 18 de junho de 2014
terça-feira, 17 de junho de 2014
Vai Defender Assim Lá em Acapulco!
O Brasil não jogou bem, é verdade, mas teria sido
o suficiente para sair com a vitória se todos os Deuses Astecas não tivessem fechado
o gol mexicano: uma defesa difícil vai lá, mas segurar quatro gols feitos, numa
única partida, realmente precisa de uma intervenção divina. Se nas Olimpíadas
ficamos conhecendo, infelizmente da pior maneira, Peralta, hoje foi dia de o
Brasil engolir, a seco, Ochoa. Vai defender assim lá em Acapulco... É lógico
que depois do baile que Holanda e Alemanha deram, respectivamente, em cima de
Espanha e Portugal, adversários muito mais desafiadores que o México, o empate
de hoje não é nada encorajador para o projeto Hexa. Porém, do ponto de vista da
classificação, muda muito pouca coisa: o Brasil continua com plenas condições
de terminar na liderança do grupo A. O empate contra o México não é um desastre
em si até porque aconteceu numa hora que ainda podia, mas escancara duas
coisas: a primeira é que podemos até ser campeões, mas não temos a melhor
equipe - se não fosse o fator casa, com certeza não estaríamos entre os
favoritos deste ano. A segunda é que Hulk, o titular mais contestado (para
muitos não deveria nem ter sido convocado), é peça fundamental para o esquema
tático do Brasil. Hulk pode ter suas limitações técnicas, mas, literalmente, dá
peso e força ao ataque e meio campo do Brasil. Com ele em campo, Neymar e Oscar
podem usar toda a sua agilidade e criatividade, pois tem um guerreiro incansável
para recompor o meio campo e para completar uma jogada no ataque. Espero que o
susto de hoje seja suficiente para cessar as críticas a Hulk. Ele pode não ser
craque, muito menos a estrela da companhia, mas sem dúvida é o carregador de
piano que todo time campeão precisa ter. Volta Hulk!
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Splitter Campeão, Chegamos Lá
Podia ser o tri de Miami, a consagração de
LeBron, mas foi dia do Spurs, do espírito de equipe, da genialidade de
Popovich. Entre os múltiplos sotaques – são cinco estrangeiros no San Antonio –
ressoa o português de Splitter, o primeiro brasileiro a se consagrar campeão da
NBA. Quando eu comecei a acompanhar a NBA, ainda no final dos anos 80, a
competição era realmente norte-americana e ter um brasileiro no topo parecia um
sonho inatingível. Alguns estrangeiros se aventuravam pelas terras do Tio Sam,
mas sempre em papéis secundários. Aos poucos isso foi mudando e hoje a NBA é
realmente um campeonato global. Espanhóis, alemães, argentinos, franceses e
muitos outros já sentiram o gostinho de ser campeão, mas para nós, brasileiros,
o máximo que tínhamos atingido era ter chegado à final, primeiro com Varejão e
no ano passado com o próprio Splitter. Faltava o último degrau, agora não falta
nada: o San Antonio Spurs deu um show de estratégia, conjunto. E nesse espírito
coletivo, Splitter, a cada dia que passa, consegue consolidar a sua importância
na rotação do time. É o reconhecimento do gigante Splitter, brasileiro que saiu
cedo para buscar seu espaço na Europa e, quando já estava consagrado por lá, aceitou
o desafio de recomeçar na NBA. Depois de algumas desconfianças, Splitter
manteve o foco. É admirável a sua persistência, garra e humildade. Ao se tornar
o primeiro brasileiro campeão da NBA, Splitter não realizou apenas o seu sonho,
mas o sonho de toda uma nação. Milhares de “basqueteiros de sofá”, que assim
como eu, puderam sair dessa final com um gosto diferente: a festa continua lá
nos EUA, mas tem um pouco de nós. Que esse seja o primeiro de muitos anéis de
um brasileiro da NBA. Agora que já temos um campeão, o próximo sonho é ter um
brasileiro liderando uma equipe da NBA. Hoje parece impossível, mas amanhã,
quem sabe...
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