sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Viva a Rio-2016 - A Festa é Nossa

Logo mais vem a abertura da Rio-2016 e numa mistura de ansiedade, orgulho, otimismo, mas também de preocupação, gostaria de fazer alguns apontamentos de como o "Esporte Literário" está se preparando:
1) - O Brasil vive uma crise política, econômica, social e, principalmente, de valores e cidadania. A Rio-2016 não é a causa, tampouco a solução!
2) - O COI (Comitê Olímpico Internacional) é sério, profissional e criterioso - ao contrário da FIFA. Se o COI achou que o Rio de Janeiro tem condições de sediar as Olimpíadas é porque tem! Não vamos ser ufanista, mas vamos parar de achar que tudo nosso é ruim e que só lá fora funciona.
3) - Sei que tem muita gente que vai pegar carona na Rio-2016, mas, para mim, esporte e política não se misturam! Vou vibrar com cada gota de suor de um atleta brasileiro (herói simplesmente por ter conseguido chegar nas Olímpiadas), mas sei que nenhuma medalha olímpica vai mudar a crise nacional. 
4) - De tudo, o que realmente me entristece é que o Brasil, ao contrário de outros países, não aproveitou o fato de sediar as Olímpiadas para reinserir o esporte na escola, na infância, como ferramenta fundamental de ética e cidadania. Isso é mais uma oportunidade perdida que dói.
5) Sou um fanático olímpico. Quem me conhece sabe o quanto espero para esse momento chegar. Passei madrugadas no sofá para não perder um momento olímpico. Fico profundamente emocionado de saber que, dessa vez, a festa é nossa. Que o espiríto olímpico nos ajude a ser um pouquinho melhor. Orgulho de ser brasileiro e está aberto oficialmente a cobertura da Rio-2016, que inclusive vai ter participação "in loco". Haja coração!
Obs: O meu pitaco olímpico é que o Brasil chega, pelo menos, a 22 medalhas, sendo 6 de ouro!

domingo, 31 de julho de 2016

Espetacular

Algumas coisas só acontecem
Dentro do universo olímpico
Eu já vi resultados inesperados
Nenhum como este de Londres
Indescritível virada da vida
Zeus tem orgulho das nossas
Inigualáveis guerreiras do vôlei
Apostaram em nunca desistir

De uma 1ª fase irreconhecível
Atropeladas por EUA e Coréia
Não parecia que era possível
Insistir no sonho do bi olímpico

Foi por pouco que não deram
Adeus ainda na etapa inicial
Brasil necessitava de uma
Improvável combinação para
Avançar às quartas-de-final
Num exemplo de esportividade
As americanas não ‘entregaram’

Foi aí que tudo começou a mudar
A conquista contra a Sérvia trouxe
Bravura, alegria e muita energia
Inspiradas, seguiram em frente

Felizes novamente em quadra
Encararam as temidas russas
Rivais entaladas na garganta
Não tem como esquecer Atenas
Ainda mais depois das derrotas
Nas finais dos últimos mundiais
Desta vez tinha que ser diferente
Assim foi o momento do ápice

Ganhando desde o início do jogo
A vitória russa parecia inevitável
Raça verde-amarela para virar
Após defender seis match-points
Yes, o dia de lavar a alma chegou

Japão era o adversário da semi
A disciplina oriental era o desafio
Qualquer deslize poderia ser fatal
Uma apresentação sensacional
E a vaga na final estava garantida
Lá a tarefa era muito mais difícil
Inquestionável favoritismo dos EUA
No primeiro set, um grande susto
Era o fim desta história tão bonita?

Não seria justo com nossas meninas
A caminhada épica da volta por cima
Tinha que ser coroada com o topo
Aos poucos equilibraram a partida
Levantamentos e ataques perfeitos
Implacáveis na defesa e no bloqueio
Até o último ponto da consagração

Parece que essa medalha de ouro
Alcança uma dimensão mágica
Um triunfo que ultrapassa qualquer
Limite do esporte num tom heróico
Ao mesmo tempo tão humano

Show de um grupo que renasceu
Hora de orar para agradecer por tudo
E dá-lhe cambalhotas das campeãs
Inesquecível a felicidade no pódio
Lideradas pela séria capitã Fabiana
Lá estavam as nossas 12 guerreiras
A primeira era Jackie, estrela da final

Thaisa é vibração e garra na rede
A Sheilla contra a Rússia foi demais
Não existe bola perdida para a Fabi
Dani foi a maestra perfeita da equipe
A força de Garay foi fundamental
Ritmo nas mãos de Fernandinha
Adenizia foi raça quando entrou

Tandara era a novata da turma
Homenagens à supermãe Paula
A vaga de Natalia foi na superação
Impossível não se lembrar de Mari
Sassá, Juciely, Camila e Fabíola
A medalha tem um pouco de vocês

Zé Roberto não pode faltar na lista
É ele o pai de três ouros olímpicos