sábado, 28 de junho de 2014

Aguenta Coração

Tecnicamente, o Brasil jogou hoje ainda pior que contra o México. A bola na trave do Chile no final da prorrogação quase calou uma nação. Conseguir a classificação só no último pênalti não estava nos planos nem do torcedor mais pessimista. O jogo de hoje teve apenas duas coisas boas: 1) bem ou mal, avançamos às quartas-de-final. 2) a redenção de Júlio César. O goleiro brasileiro pode não estar no auge, mas, sem dúvida, é um dos jogadores mais dedicado, patriota (no bom sentido) e focado. Por tudo que já fez em campo, Júlio César merece ser lembrado pelo jogo de hoje e não pela partida contra a Holanda, quatro anos atrás. A redenção do goleiro brasileiro é uma bonita história de superação, verdadeiro exemplo de nunca desistir. Voltando ao Brasil não há muito que falar. Pelo que demonstraram até agora nesta Copa, a Colômbia pode ser considerada a favorita para a partida da próxima sexta-feira. O Brasil continua dependendo da torcida, dos “Deuses do Futebol”, dos talentos individuais e de Felipão. É impressionante como ele consegue manter o grupo focado. Por mais que ele jamais vai assumir isso em público, Felipão sabe que o Brasil não está entre as melhores seleções da Copa. Mas ele também sabe que, principalmente no futebol, nem sempre o melhor vence. Assim como ele fez com o Palmeiras, em 2012, que tirou leite de pedra para se despedir do clube campeão da Copa do Brasil, Felipão quer repetir a receita para agora vencer a Copa no Brasil. Vai ser no limite até o fim, mas acho que passaremos da Colômbia. Analisando friamente, nossos vizinhos merecem até mais do que nós a classificação, mas a torcida não se guia pela razão. Então prepare-se para mais um “Salve-se Quem Puder”. Aguenta Coração!

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Passamos e agora?

O empate contra o México deixou a torcida brasileira desconfiada, com muitas dúvidas e incertezas. Algumas questões foram respondidas hoje na goleada em cima de Camarões (4 a 1), mas vamos combinar que o jogo contra o lanterna da chave - já desclassificado - não serve muito como parâmetro. De qualquer forma, vamos começar pelas dúvidas respondidas hoje:
1)    Missão cumprida – Não foi da forma como a torcida esperava, não teve nenhuma grande apresentação brasileira, mas o objetivo principal da primeira fase foi resolvido: Brasil terminou em primeiro do grupo e, de quebra, escapou de enfrentar logo de cara Holanda ou Espanha.
2)    Neymar está pronto! – Uma grande dúvida pré-Copa é se Neymar estava preparado para aguentar a pressão de ser a grande estrela do Brasil. Nossa seleção pode até não chegar à final, mas o garoto Neymar já mostrou todo o seu potencial na Copa. Mais do que os quatro gols que o deixam, no momento, como artilheiro da competição, o nosso camisa 10 está chamando a responsabilidade e está sabendo lidar bem com a marcação adversária e com a necessidade de ser decisivo.
3)    Gol de Fred – O artilheiro do Fluminense ainda não fez tudo que se espera de um camisa 9, mas, pelo menos, balançou as redes para espantar a “urucubaca” e resgatar um pouquinho da confiança. Neymar está jogando muito, mas nos jogos decisivos não dá para depender só dele. Ter Fred, assim como o Oscar, com confiança para dividir essa responsabilidade é fundamental para o sucesso do “Projeto Hexa”.
4)    Fernandinho, o novo titular – Deixado o fanatismo de lado, é fato que a Seleção Brasileira ainda não empolgou e parece que o setor que mais preocupa é o meio-campo. Antes do início da Copa, Oscar foi eleito pela imprensa como o grande responsável pela falta de criatividade e objetividade do meio-campo. Depois das boas apresentações, principalmente contra a Croácia, a sua permanência parece garantida. O próximo alvo passou a ser Hulk. Entrou Ramires no jogo contra o México e não funcionou. Hoje, Hulk voltou. Não fez nada de especial, mas também não prejudicou. Luiz Gustavo é o motor do meio de campo. É inquestionável e, no momento, praticamente insubstituível – torçamos para que ele não se machuque e nem tenha problemas com cartões amarelos. A única mudança ficou com Paulinho, que realmente não vem jogando bem. Depois do que Fernandinho jogou hoje, o que era possibilidade virou uma realidade. Fernandinho vem para o time titular com fome de bola.
Agora, a pergunta que não quer calar: O Brasil está pronto para enfrentar qualquer adversário? Pelo sim, pelo não acho bom começar o mata-mata pelo Chile. Com todo respeito ao adversário, mas enfrentar uma equipe sul-americana, em que já estamos mais acostumados a forma de jogar é o que poderia acontecer de melhor para o Brasil. Os Deuses do Futebol já fizeram a sua parte, a torcida está fazendo a dela, agora cabe a seleção fazer a sua!