Dificilmente é o que vai
acontecer, mas eu gostaria, sinceramente, que a derrota de hoje para o São José
tenha sido a despedida do multivencedor Hélio Rubens do comando do Franca.
Depois de mais de 50 anos dedicados ao basquete, Hélio, maestro dentro e fora
das quadras, chegou ao nível em que não precisa provar mais nada para ninguém.
Filho do precursor Chico Cachoeira, irmão de Totô e Fransérgio, pai de Helinho,
discípulo do Pedroca (o “Pai de Tudo”), a trajetória vitoriosa de Hélio se
confunde com a própria história do basquete francano. Todo torcedor do Franca
tem um imenso carinho pelo Hélio, mas o meu é especial. Além de todas as
alegrias em quadra, Hélio Rubens me honrou com o privilégio de ser o autor do
prefácio do meu livro sobre o basquete francano. Seja como jogador ou como
técnico, Hélio esteve presente em praticamente todas as grandes conquistas do
Franca Basquete. Ele também mostrou seu talento na seleção brasileira. São
tantas vitórias, tantos momentos de superação, que a única pessoa capaz de
manchar essa vida dedicada ao basquete é o próprio Hélio Rubens. Ídolo é ídolo
porque sabe, inclusive, a hora de parar. Saia de cabeça erguida, com a certeza
do dever cumprido. No mais, obrigado, obrigado e obrigado, Hélio.