terça-feira, 5 de julho de 2011

Talento Puro

Nesta quarta começa a fase final da Liga Mundial de Vôlei e lá vem o Brasil em busca da décima conquista na competição. Enquanto as partidas decisivas não começam, uma pergunta vem me intrigando: qual é o Rei do vôlei? Há quem diga que o craque da modalidade é Karch Kiraly, exímio defensor, que encantou o mundo nos anos 80 e 90. O norte-americano é detentor de três medalhas de ouros olímpicas – duas na quadra e uma na praia – e foi eleito pela Federação Internacional de Vôlei, em 2000, como o melhor jogador do século 20. Que o Kiraly é um gênio da raça não tenho dúvida, mas não estou convicto de que ele é “o cara” do vôlei, assim como está o Pelé para o futebol, o Jordan para o basquete e o Phelps para a natação. Acho o que o rei do vôlei não é tão visível porque normalmente buscamos garimpar o craque no primeiro plano dos palcos esportivos, mas talvez o diamante mais valioso da modalidade brilhe nos bastidores. Sim, estou falando do Bernardinho, prata olímpica como jogador, duplamente bronze no comando das meninas e definitivamente ouro como técnicos dos nossos garotos. Se ele já não transpira mais em quadra, é visível o seu suor do lado de fora, liderando um grupo que joga por música há uma década, fazendo do seu principal refrão a vitória. Agora fica uma dúvida: o gênio soberano de uma modalidade pode ser um treinador ou é espaço privativo dos atletas? Para mim, se a coroa de rei é para aquele que melhor dominou um determinado esporte, em todas as suas entrelinhas, vale técnico sim, principalmente se o nome dele for Bernardo Rocha de Rezende, o nosso Bernadinho. E você, o que acha?