domingo, 18 de dezembro de 2011
Falar o quê?
Que o Barcelona era o grande
favorito para a decisão do Mundial, acho que até o torcedor mais fanático do
Santos não poderia negar. O que ninguém imaginava é que a partida iria ser de um
time só. A equipe espanhola foi o Barça que encanta a todos, mas o Peixe não foi
nem de longe a equipe irreverente que eu esperava ver em campo. Para mim, Messi
e companhia poderiam marcar cinco, seis gols, desde que a molecada santista
marcasse uns quatro. Enfim, era uma partida que merecia um duelo de muitos
gols, mas não de apenas um lado. Torci e muito para o Santos, mas para o bem do
futebol não seria nem justo que o Barcelona não fosse o campeão. Afinal, para uma
equipe que está revolucionando a modalidade, o mínimo que seus craques merecem é
o título de campeão mundial. O futebol que eles estão jogando é, sem dúvida, de
outro planeta!
sábado, 17 de dezembro de 2011
Tá Difícil!
O início do basquete
francano na temporada do NBB está sofrível com apenas três vitórias em dez
jogos. Até agora eu me silenciei, justamente porque ainda não havia tido a
oportunidade de assistir a uma partida da equipe. Pois é, hoje o duelo contra o
São José foi transmitido e deu para ter uma noção dos limites do time – até os
três primeiros quartos, o jogo foi parelho, mas o último quarto foi desastroso e
significou a derrota em pleno Pedrocão por 11 pontos de diferença. O desespero só
não é total porque os norte-americanos Sowel e Basden parecem grandes
jogadores. É bem verdade que ainda estão sem ritmo de jogo, precipitados em
alguns arremessos, mas aparentam ser estrangeiros com uma qualidade que há
muito não se via na capital nacional do basquete – que saudade do Vargas! Do
Jermaine não dá para falar muito, pois hoje jogou apenas 14 minutos. Aliás, num
jogo em que parar o pivô Murilo (15 pontos e 9 rebotes) era o principal desafio
não deu para entender a estratégia do Hélio, que deixou de fora da quadra o
Jermaine e o Drudi a maior parte do tempo. O pior é que a saída do Babby é a
certeza de que Franca vai ter mais uma temporada sem um legítimo pivô para a
posição cinco. Enfim, eu queria dizer para o torcedor francano que a fase é
passageira e que tudo será diferente em 2012, mas tá difícil!
domingo, 4 de dezembro de 2011
Título para o Doutor
Hoje eu deixei a rivalidade
entre Palmeiras e Corinthians de lado para torcer para o título do Timão, justa
homenagem ao “Doutor Sócrates”, corintiano de corpo e alma. O mundo do futebol
perde mais que um gênio. Sócrates não era um simples boleiro. Era médico formado e homem de muitos
conhecimentos, com um viés político e cultural que ia muito além do universo dos gramados. No jogo da vida, Sócrates teve os seus problemas, mas quem não os têm? O que
fica desta despedida é que no duelo contra o álcool não há vencedores. Na vida
que segue, a rodada repleta de clássicos regionais foi um digno adeus. A cada
gol marcado, Sócrates vibrou de sua nova esfera. A taça deste ano é para você.
Descanse em paz Doutor!
Na Raça
A participação da seleção
brasileira na Copa do Mundo de Vôlei do Mundo não foi a que todo mundo
esperava. Com uma campanha irregular – três derrotas em 11 jogos - o título não
veio e até a vaga olímpica ficou ameaçada até a última rodada, mas foi carimbada hoje de manhã com a vitória em cima do Japão. Um susto e
tanto, mas que terminou com um exemplo de superação deste grupo que eu não me
canso de admirar. É impressionante a capacidade dos nossos garotos de
administrar a pressão. Depois de estar perdendo por 2 sets a 0, a virada na
penúltima rodada contra a Polônia é o símbolo da raça deste grupo. E o grande
maestro desta reação foi o levantador Bruninho, que mudou o ritmo do jogo com
levantadas mágicas, além de bloqueios e até de uma cortada sensacional. Depois
do que ele demonstrou na Copa do Mundo não há mais espaço para essa conversa mole
sensacionalista que ele só está na seleção por ser filho do Bernardinho. Bruninho
está lá porque joga e muito. Simples assim!
domingo, 27 de novembro de 2011
Emoção Até o Fim!
O Corinthians saiu do
gramado em Florianópolis com a torcida comemorando o título, mas o gol nos
acréscimos do Vasco lá no Rio de Janeiro adiou a decisão do Brasileirão-2011
para a última rodada. A idéia de fechar o campeonato com clássicos regionais
foi um verdadeiro gol de placa - pelo menos uma vez a CBF tinha que dar uma
bola dentro! Para um palmeirense como eu, a temporada foi para esquecer: sem
nenhum título e totalmente fora da disputa pela vaga para Libertadores. Agora,
uma vitória sobre o Corinthians que impeça o título do rival, com certeza salva
o ano todo. No mesmo horário, o Flamengo vai jogar com toda a raça para impedir
a vitória do Vasco, única equipe que ainda tem chance de tirar a taça do Timão.
E o melhor que essa disputa com o vizinho vai acontecer no Brasil inteiro: no
extremo sul, o Grêmio não tem grandes pretensões, mas a chance de tirar a vaga
da Libertadores do Inter vai garantir uma disputa digna de uma final; em Santa
Catarina o já rebaixado Avaí despedirá com a alma lavada se impedir o
Figueirense de conquistar a inédita vaga a Libertadores; no Paraná, verdadeira
decisão: o Atlético Paranaense brigando para fugir da degola e o Coritiba para
carimbar o passaporte para a Libertadores; em Minas, o Atlético não vai
facilitar em nada a vida do Cruzeiro, que ainda pode ser rebaixado. Enfim, para
quem fala que o campeonato de pontos corridos não tem a emoção de uma final,
com certeza vai morder a língua no próximo domingo. Serão pelo menos seis
decisões. Só espero que a rivalidade seja só em campo. Afinal, não há mais
espaço para os episódios lamentáveis protagonizados por uma minoria, que eu me
recuso a chamar de torcedor. Olho só na bola, que vai rolar solta no próximo
domingo!
domingo, 13 de novembro de 2011
Fora do Páreo
Depois do texto de ontem em que tentei detalhar toda matemática da Copa do Mundo, o meu objetivo era voltar a escrever do vôlei só na próxima sexta-feira, de preferência para falar da classificação das nossas meninas para as Olimpíadas de Londres. Infelizmente, fui solicitado bem mais cedo do que eu esperava. Com a derrota inesperada para o Japão por 3 sets a 0, o Brasil diz adeus a qualquer chance de pódio na competição. Em relação à vaga olímpica, nossas meninas terão mais duas oportunidades no ano que vem: uma seletiva continental e, se for necessário, o Pré-Olímpico mundial. O que preocupa é o lado psicológico que vem despencando nos últimos anos. No Mundial de 2010, a derrota foi na final no detalhe para a Rússia – tudo bem, ganhar ou perder faz parte do esporte. Veio o Grand Prix deste ano e fizemos uma campanha impecável na primeira fase parando na decisão contra os EUA – vai lá, a competição não é tão importante assim. Agora na Copa do Mundo – em que nem precisava o título e sim apenas terminar no pódio – o desequilíbrio começou já no primeiro jogo com o EUA e se arrastou durante todo o campeonato. Eu não gosto de criticar nenhum grupo esportivo, pois sentado no sofá ninguém tem a noção da pressão envolvida. Agora, sabendo do potencial da nossa equipe, a mesma que encantou o mundo com o ouro olímpico em Pequim-2008, é impossível não ficar desapontado. O bom que a tristeza de hoje pode ser o aprendizado para a alegria de amanhã. O resultado foi outro, mas a esperança é a mesma de ontem: Força meninas!
sábado, 12 de novembro de 2011
Hora de Fazer as Contas
Hoje eu entrei madrugada à dentro acordado para assistir o duelo Brasil e Itália, na certeza que esse jogo decidiria o futuro das nossas meninas na Copa do Mundo de Vôlei. A partida realmente foi um divisor de águas, infelizmente nada bom para o nosso lado. A derrota avassaladora por 3 sets a 0 deixou o Brasil totalmente fora da briga por título e, o que é bem pior, numa situação complicadíssima para conseguir uma das três vagas para as Olímpiadas de Londres – não é o último pré-olímpico, mas nunca é bom deixar para a última chance. Os reveses para Estados Unidos e Itália não podem ser considerados tropeços. O que complica é a forma como o Brasil está se portando na competição. Em ambas as derrotas, o Brasil não conseguiu prolongar a disputa até o quinto set. Já nas vitórias verde-amarelas, Coréia do Sul, China e Sérvia chegaram até o set decisivo. Até o ano passado isso era irrelevante, já que o importante era ganhar. Com a mudança na forma de pontuação da Copa do Mundo, uma vitória decidida até o quarto set vale três pontos. Já uma partida com tie-break significa dois pontos para o vencedor e um para a seleção derrotada – podemos dizer que agora o vôlei tem praticamente um empate. Para ficar claro sobre o que estou falando, vamos olhar a tabela do campeonato: Brasil, Alemanha e China encerraram a sétima rodada com as mesmas cinco vitórias e duas derrotas, só que as chinesas estão na terceira posição com 16 pontos, um ponto a mais que as alemãs. Já o Brasil está em sexto lugar com 12 pontos, atrás até do Japão que tem uma derrota a mais. Faltando quatro rodadas para acabar a competição, EUA e Itália devem brigar até a última rodada pelo título e a China está bem próxima de fechar o pódio e carimbar o passaporte para Londres. O Brasil só não é carta fora do baralho, porque teoricamente já enfrentou todos os favoritos, enquanto a China ainda encara EUA e Alemanha. Resumindo, agora é torcer para nossas meninas encontrarem seu melhor jogo para vencer e sem tie-break. Paralelo a isso, nunca é demais dar uma secadinha para as chinesas não abrirem o olho. Enfim, está difícil, mas ainda dá. Quem sabe não é uma classificação suada que estava faltando para resgatar a autoestima que garantiu o ouro olímpico há três anos. Força meninas!
sábado, 5 de novembro de 2011
Esporte é Isso!
Já elogiei em outras oportunidades, a temporada sensacional que Novak Djokovic vem fazendo. Para mim, o tenista sérvio continua sendo o melhor esportista do ano, mas hoje o protagonista foi outro. Depois de uma vitória fácil no primeiro set por 6 a 2, parecia que Djokovic ia passar fácil pelo japonês Kei Nishikori. Porém, o 32º do ranking engrossou o segundo set até o fim. A vitória no tie-break, por si só, era um fato sensacional, mas Nishikori queria mais. No set decisivo, o japonês fez o que parecia impossível e, além de ganhar, aplicou um convincente 6 a 0. Enfim, um jogo que tinha tudo para ser sonolento se transformou numa lenda épica. Lá foi o esporte mostrar que, a qualquer momento, em algum lugar do mundo, independentemente da modalidade, um Davi pode superar o Golias. Por isso que eu sempre digo: tendo chance de assistir um jogo, assista, pois você pode estar prestes a acompanhar história pura – nenhuma reprise, por mais HD que seja, vai transmitir a emoção de acompanhar, ao vivo, um inesquecível exemplo de superação. Neste domingo, Nishikori enfrenta, na final, simplesmente o multicampeão Roger Federer. Alguém dúvida que, jogando em casa, o suíço é o franco favorito? Eu concordo plenamente, mas, pelo improvável que só o esporte pode ter, não perco esta partida por nada.
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Mulher Brasileira em Primeiro Lugar
O Brasil está fazendo bonito no atletismo do Pan, sobretudo as mulheres, que são responsáveis por quatro dos cinco ouros conquistados até aqui. E o mais interessante é que nossas mulheres estão mostrando o talento nas provas mais charmosas do atletismo. Saíremos de Guadalajara com a mulher mais rápida – sensacional Rosângela Santos nos 100m – e com a mais resistente – muita garra de Adriana Silva na maratona. Como se isso não bastasse, temos a mais versátil das Américas com Lucimara Silvestre, a melhor no heptatlo, competição que reúne sete provas do atletismo. Para encerrar essa lista especial, a “voadora” Maurren Maggi não poderia ficar de fora e comemora o tricampeonato panamericano com a melhor marca do ano no salto em distância. Depois de tudo que essas guerreiras fizeram, não tenho outra forma de encerrar que não seja: “agora chegou a vez vou cantar, mulher brasileira em primeiro lugar.”
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Dia Sonolento
Depois de um domingo recheado com oito medalhas de ouro, a segunda-feira do Brasil no Pan foi um dia para esquecer. Os tropeços inesperados começaram logo na madrugada com a derrota do futebol para a Costa Rica por 3 a 1, o que significou a eliminação ainda na primeira fase da competição. Na sequência, foi a vez das nossas meninas do basquete demonstrarem instabilidade na derrota por um ponto para Porto Rico. Indo para a ginástica, a equipe feminina esteve bem distante da sua melhor exibição e terminou apenas na quinta posição, atrás de EUA, Canadá, México e Colômbia. No atletismo, uma das maiores esperanças de ouro para o Brasil, a atual campeã mundial Fabiana Murer, acabou ficando com a prata. É lógico que ela (e a torcida) queria encerrar o ano com mais um ouro, mas o desempenho no Pan não pode ter uma grande repercussão. Afinal, a marca de 4,75 m da cubana Yarisley Silva é o novo recorde da competição e foi bem próximo dos 4,85 m que valeu o ouro a Fabiana no Mundial deste ano. Fechando o dia sonolento, perdemos a final do handebol masculino – se não bastasse a derrota para os argentinos, a conquista no Pan valia o passaporte para as Olimpíadas de Londres. Com as chances desperdiçadas hoje, a minha projeção de o Brasil repetir os 54 ouros do Pan do Rio fica um pouco mais difícil, mas brasileiro não desiste nunca. Aliás, a redenção verde-amarela veio na própria segunda com o tricampeonato do patinador Marcel Stürmer. Ouro com gosto de superação para esse gaúcho que teve seus equipamentos roubados na véspera do Pan.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Pan, Pan, Pan
A primeira semana de competição do Pan termina de maneira muito positiva para o Brasil. Com 17 medalhas de ouro e 49 no geral, arrisco a dizer que se nossos atletas mantiverem o ritmo, poderemos chegar bem perto ou até ultrapassar o recorde das 54 medalhas de ouro conquistadas no Rio há 4 anos. A projeção que faço para atingir esta meta é a seguinte: 10 ouros na natação, 10 nas lutas (judô, boxe, caratê e taekwondo), 10 no atletismo, 10 nos esportes coletivos (incluindo o vôlei de praia) e 15 nas demais modalidades. A natação encerrou nesta sexta-feira arrebatando exatamente 10 ouros. As outras douradas vieram no vôlei feminino, vôlei de praia feminino, ginástica rítmica (três por equipe), tênis de mesa e tiro esportivo. Todas estas medalhas precisam ser muito comemoradas, mas é preciso fazer uma ressalva que, em muitas modalidades, o nível técnico do Pan é abaixo ao das Olimpíadas. É o que acontece, por exemplo, com Thiago Pereira, detentor de 12 medalhas de ouro na competição continental (seis no Rio e mais seis agora em Guadalajara), mas que, tenho certeza, trocaria todas por uma medalha olímpica ou mundial. De qualquer forma, a experiência no Pan é muito válida para aparar algumas arestas e chegar com tudo em Londres-2012. É o caso do vôlei feminino, que volta a ganhar um ouro depois de perder a final do Mundial e do Grand Prix, e do Cesar Cielo, que tirou a “inhaca” dos 100m livre ao fazer o seu melhor tempo no ano. Outro destaque é o inédito ouro de uma brasileira no tiro. De quebra, o triunfo de Ana Luiza Ferrão garantiu a vaga olímpica. Que venha a segunda semana do Pan com muito mais.
domingo, 9 de outubro de 2011
Alegre Nostalgia
O jogo já não tem mais a adrenalina de um campeonato. O ritmo da partida é bem diferente das eletrizantes batalhas que Moya e Guga protagonizaram – e imortalizaram – na década de 90. O que não mudou é a energia positiva que Guga transmite quando está em quadra. Na sua terra natal, o “Manezinho da Ilha” esteve mais solto do que nunca com direito a, no meio do jogo, dar uma volta na torcida e “roubar” uma banana de uma dupla de garotos – simpatia, carisma, respeito e humildade num único ato! Se a despedida oficial foi em 2008, Guga mostra que não está disposto a abandonar o tênis – que bom! Pelo terceiro ano seguido, ele realiza a Semana Kuerten, oportunidade para a nova geração estar mais perto do ídolo. O destaque da edição deste ano foi a inclusão do torneio para cadeirantes. Assim como nas anteriores, a jornada 2011 termina com a exibição de Guga. Depois de Bruguera, Kafelnikov, ontem foi Moya o adversário (na verdade um grande parceiro) e o ano que vem, quem sabe, o Federer. Independentemente do adversário e do resultado, o que importa é que, felizmente, é um evento que parece que veio para ficar. Ótimo para Guga que continua ajudando o esporte nacional. Excelente para a torcida que consegue amenizar o adeus precoce do ídolo que foi muito longe, mas se não fosse a inesperada contusão, poderia ter avançado ainda mais. Com esse tom de alegre nostalgia (sim, saudade pode ser boa), transcrevo abaixo o texto que escrevi, em 2008, quando Guga anunciou a sua despedida.
As mãos que agora aplaudem o adeus de Guga
São as mesmas que suaram frio em tantas finais
Quantas vezes o coração bateu apertado
Achando que a derrota era inevitável
Mas na esquerda inigualável de Guga
Vinha a lição de não desistir
Dessa determinação contagiante
Muitas vitórias impossíveis brotaram
Trazendo orgulho a esse país tão carente
Pela sua raquete sempre humilde
Uma nação aprendeu muitos valores
Se hoje o corpo já não acompanha
A genialidade de Guga, isso pouco importa
Lampejos de sua habilidade já são suficientes
Para lembrar o quanto ele é especial
A garra em correr na quadra até o fim
Não traz a vitória, mas emana nobre lição
Que todas as crianças aprendem no início do esporte
Mas que pouquíssimas levam para a vida adulta
O importante é competir dando o melhor de si
Por essa conduta e tantas outras
É que Guga se despede, mas não vai
Fica o irreverente garoto cabeludo
Desengonçado com roupas coloridas
Surfando na arena de Roland Garros
Para transformar o conservador planeta do tênis
Guga nos ensinou que não precisa ser agressivo
Não é pegando em armas que se muda o mundo
Basta pequenos nobres gestos
Como quando ele apontava o erro do juiz
Mesmo que isso pudesse lhe significar a derrota
Descanse na certeza de ser eterno campeão
domingo, 2 de outubro de 2011
Agora São Elas
Primeiro foram os homens e agora são as mulheres do basquete que garantiram o Brasil nas Olimpíadas de 2012. Favoritas absolutas a conquistarem a vaga das Américas (as norte-americanas já estavam classificadas por serem as atuais campeãs mundiais), nossas meninas fizeram em quadra o que se esperava delas: terminaram o Pré-Olímpico invictas com direito a arrebatadora vitória na final por 74 a 33 contra a Argentina. A armadora Adrianinha e a pivô Érika se mostraram maduras e prontas para serem as referências da equipe – tudo bem que o nível técnico da competição não foi dos mais altos, mas a dupla jogou como há muito tempo não se via na seleção. A participação isolada no Pré-Olímpico não permite fazer nenhuma projeção para Londres. Assim como no masculino, não sei se nossas meninas têm reais chances de estarem no pódio olímpico, mas acredito que estão cada vez mais perto. Se a briga por medalha olímpica no basquete não vai ser nada fácil, o bom é que o Brasil volta a contar com uma dupla chance. Ter de novo o Brasil, tanto no masculino, quanto no feminino, é a prova de que o processo de reformulação do basquete nacional está no caminho certo. Isso por si só é um chuá de três pontos que tem muito a ser comemorado.
domingo, 18 de setembro de 2011
Mais Um Ano
Ainda não foi neste domingo que o Brasil retornou à elite da Copa Davis de tênis. Tudo bem que desta vez o favoritismo era da Rússia: jogava em casa; com tenistas melhores ranqueados que os brasileiros; e num tipo de quadra que, definitivamente, não é a preferida dos nossos tenistas. Toda essa vantagem russa era na teoria, pois na prática a história poderia ter sido bem diferente, afinal, o Brasil chegou ao dia decisivo vencendo o confronto por 2 a 1. Bastava mais uma vitória para concretizar o sonho brasileiro de voltar ao grupo principal da Davis. A maior chance esteve nas mãos do Bellucci, que chegou a abrir 2 sets a 1 contra Youzhny, mas, novamente num momento decisivo, o brasileiro deixou a conquista escapar num quinto set decidido em 14 a 12, após mais de cinco horas de partida. Eu não gosto de criticar nenhum atleta, pois eu tenho certeza de que, olhando de fora, ninguém tem a capacidade de entender todo o sacrifício envolvido num esporte profissional. Mas, até como um pedido de torcedor amigo, acho que o Bellucci precisa trabalhar muito o seu lado psicológico para ter confiança, coragem e tranquilidade na hora de decidir. Só assim ele vai estar pronto para alçar vôos maiores do que os já realizados. Ficou o gostinho de que desta vez dava para voltar, mas o bom da Davis é que todo ano vem uma nova oportunidade. Que 2012 seja diferente de 2011, 2010, 2009, 2008...
sábado, 10 de setembro de 2011
Ufa!
O Brasil não ganhou nenhum título hoje
Talvez não conquiste nem amanhã
Detalhe que pouco importa
O que estava em jogo era muito mais
A chance de aos Jogos Olímpicos retornar
A calma que muitas vezes faltou
Estava em quadra de verde e amarelo
E, por que não, de azul e branco
Afinal, o padrinho da façanha
É o argentino, agora nosso
Sensacional Rubén Magnano
Dezesseis anos passados
O sonho que já parecia devaneio
Virou a cada cesta, concreta realidade
A lágrima que outrora foi de dor
Agora corre tranquila
Basquete do Brasil em Londres
Ufa!
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Só Falta Um!
O Brasil tinha um objetivo bem claro na fase de grupos no Pré-Olímpico de Basquete Masculino: fugir do cruzamento com os argentinos na semifinal. Meta alcançada, já é hora de pensar no próximo desafio. Afinal, a liderança e a épica vitória contra a Argentina de nada valerão se não vencermos, no sábado, o jogo que vale o passaporte olímpico. O adversário na “Batalha por Londres” será justamente a República Dominicana, responsável pela nossa única derrota em oito partidas. Apesar da curiosidade negativa, acredito que é muito melhor buscar a revanche contra os dominicanos do que encarar a Argentina ou Porto Rico. Todo jogo decisivo traz certa apreensão, mas estou confiante que, 16 anos depois, voltaremos às Olimpíadas. A equipe está sólida e vem num crescente. O melhor é que não dependemos exclusivamente de um único jogador e podemos confiar na força de um grupo. No dia em que os protagonistas Huertas e Spliter não estiveram tão bem assim, houve um Benite, um Marquinhos e um Hettsheimer para assumir a responsabilidade. Falando em competência, é impossível não destacar o trabalho do técnico Rubén Magnano. Tenho certeza de que a experiência do argentino - que não só já foi para as Olimpíadas como de lá voltou com ouro - vai ser fundamental para o Brasil dar o último passo. É impossível prever o resultado do duelo de sábado, mas uma coisa é certa: a “Batalha por Londres” vai ser inesquecível!
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Primeiro Tropeço
Para vencer o Pré-Olímpico de Basquete Masculino, o campeão terá que passar por uma maratona de dez jogos em duas semanas. É lógico que, numa competição como esta, todo jogo é importante e não pode perder a concentração em nenhum instante, mas, a priori, o que realmente interessa para o Brasil são quatro jogos: contra República Dominicana, Porto Rico, Argentina e a semifinal, em que a vaga olímpica vai ser literalmente definida. A nossa primeira “mini-decisão” foi hoje contra os dominicanos e, infelizmente, começamos perdendo. Na verdade, acho que a derrota começou ontem, quando a República Dominicana perdeu para o Canadá. Naquele momento, percebi que os dominicanos iriam entrar hoje em quadra dispostos a evitar, a qualquer custo, uma segunda derrota seguida. Dito e feito. Chegamos no momento decisivo com o placar indefinido, mas aí a gana dos dominicanos falou mais alto perante a nossa instabilidade, sobretudo no ataque. Essa derrota de maneira isolada pode ser só um tropeço sem maior consequência, mas acende o sinal de alerta. Afinal, uma nova derrota, que não seja para a Argentina, pode complicar nossas pretensões olímpicas. Pois, terminar a segunda fase em quarto lugar significa muito provavelmente enfrentar os hermanos na semifinal, o que praticamente acaba com nossas chances de voltar às Olimpíadas após 16 anos. Confio na experiência do multicampeão Rubén Magnano para evitar que a nossa seleção seja, mais uma vez, atropelada pelo psicológico. Aliás, falando em Magnano, foi emocionante ver os olhos marejados do técnico ao ser ovacionado hoje pela torcida argentina. Reconhecimento de um povo por tudo que este homem já fez pelo seu país. Espero que, em breve, ele seja aplaudido aqui no Brasil.
Xarás de Ouro
Na terça-feira, o Brasil acordou com a ótima notícia do ouro inédito da Fabiana Murer em mundiais de atletismo. Hoje, a semana que estava maravilhosa para o esporte nacional ficou melhor ainda! A boa nova foi outra medalha de ouro, desta vez com Fabiana Beltrame no Remo, a primeira medalha do país em mundiais da modalidade. Eu fico emocionado com qualquer conquista importante dos nossos atletas, mas devo confessar que os triunfos das nossas mulheres me tocam de uma maneira especial. Talvez porque eu saiba que ser atleta no Brasil não é fácil, mas no feminino o desafio é maior ainda. Lembro que quando comecei a acompanhar o esporte, a mídia quase não falava das nossas atletas. Quando saía alguma reportagem era muito mais para enaltecer os atributos físicos das “musas do esporte” do que para ressaltar as habilidades esportivas das nossas representantes. Acho que o marco inicial desta evolução, para não dizer revolução, foi a vitória no Campeonato Mundial de Basquete Feminino, em 1994, quando Magic Paula e Hortência lideraram um grupo encantador e vencedor. De lá para cá, nossas garotas vêm acumulando títulos nas mais importantes competições. Nas Olimpíadas, nossas primeiras meninas douradas foram Jaqueline e Sandra, no vôlei de praia em Atlanta-1996. Doze anos depois, nas Olimpíadas de Pequim, o ouro feminino foi duplo: Maurren Maggi no salto em distância e com a equipe de vôlei. Em mundiais, comemoramos o ouro com: Daiane dos Santos na ginástica; Natália Falavigna no taekwondo; Ana Marcela Cunha na maratona aquática; Jaqueline e Sandra, Adriana Behar e Shelda (duas vezes) e Larissa e Juliana no vôlei de praia. Isto sem falar de todas as nossas morenas, negras, mulatas, loiras, ruivas, orientais e indígenas que brilharam com dignas medalhas de prata e bronze. Como legítimas representantes da mulher brasileira, nossas Fabianas merecem um presente. Mas que ninguém venha com bijuteria. A partir desta semana, o que reluz no pescoço das xarás é ouro puro!
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Show de Fabiana
Não posso falar do que eu não vi (infelizmente não consegui assistir a final do salto com vara no Mundial de Atletismo). Por outro lado, não posso deixar de falar do feito histórico da Fabiana Murer, que conquistou o primeiro ouro do Brasil em mundiais de Atletismo. Para resolver o impasse, texto curto sem grandes enrolações. Parabéns Fabiana, orgulho do Brasil!
domingo, 28 de agosto de 2011
Não Deu
Depois de uma temporada invicta, as meninas do vôlei feminino do Brasil perderam a final do Grand Prix para os Estados Unidos por indiscutíveis 3 sets a 0. O segundo lugar em si não é ruim, já que é “só” um torneio anual preparatório para competições mais importantes. O preocupante é que no Mundial do ano passado, o Brasil já fez a mesma coisa: terminou as fases iniciais com 100% de aproveitamento, mas parou na final contra as russas em emocionantes 3 sets a 2. Pensando no que realmente interessa, que é o bi olímpico no ano que vem, o Brasil tem muito a aprender com estas duas experiências. Os EUA, por exemplo, foram campeões do Grand Prix 2011 com derrotas na primeira fase para a Sérvia e para nós, justamente as duas adversárias que as norte-americanas detonaram na semifinal e na final. É lógico que eu não acordei de madrugada para ver o Brasil perder, mas, de certa forma, fico feliz com a possibilidade de duro aprendizado: um time campeão não é aquele que nunca é derrotado, mas sim o que sabe o momento de perder! Enfim, está faltando dosar melhor a energia durante cada etapa da competição, reservando o melhor desempenho para os momentos decisivos. Vamos meninas que Londres 2012 está logo ali.
sábado, 27 de agosto de 2011
Sucesso no Tatame
Faltando pouco menos de um ano para as Olimpíadas de Londres, o Brasil se despede do Mundial de Judô em Paris com cinco medalhas na bagagem, a nossa maior conquista numa única edição da competição. Depois de muitos anos em que os resultados mais significativos ficavam a cargo dos homens, desta vez as mulheres foram as principais responsáveis. Dos nossos cinco pódios, três vieram acompanhados do charme feminino: Rafaela Silva e Mayra Aguiar, com a prata, e Sarah Menezes, com o bronze – os outros dois bronzes brasileiros são dos Leandros (Guilheiro e Cunha). É bem verdade que esta evolução das nossas judocas ainda não foi coroada com uma medalha de ouro, mas sem pressa. Afinal, toda trilha vencedora é alcançada passo a passo. Tenho certeza de que a nossa geração de meninas talentosas está pronta para alcançar o degrau dourado já no ano que vem. Para não ter nenhuma “guerra dos sexos”, vale ressaltar que vários de nossos rapazes também têm condições de chegar lá. E vamos combinar que ganhar o Mundial é bom, mas Olimpíadas é melhor ainda!
Pronto Para a Hora da Verdade
O Brasil encerrou a fase de preparação para o Pré-Olímpico de Basquete Masculino de maneira invicta, com vitórias convincentes sobre a República Dominicana e Porto Rico, dois adversários diretíssimos na briga por uma das duas vagas olímpicas – a anfitriã Argentina lidera a lista de favoritos. É preciso ter bem claro que os resultados conquistados até agora não valem nada, mas são importantes para que o Brasil tenha a confiança que faltou nos momentos decisivos do Mundial no ano passado. O período de amistosos foi suficiente para perceber claramente o trabalho do nosso brilhante técnico, o argentino Rubén Magnano. O Brasil apresentou uma defesa sólida como há muito tempo não se via. No ataque, a seleção ainda oscila entre o jogo coletivo vencedor e algumas precipitações individuais, principalmente do Marcelinho Machado – na hora da verdade não há espaço para esse tipo de erro! Durante a fase de treino, o Brasil teve um destaque triplo: Marcelinho Huertas, em fase esplêndida, está pronto para ser o líder da seleção; Marquinhos está maduro para ser a referência no ataque e Tiago Spliter, poupado no início da preparação, evoluiu a cada jogo. O nosso pivô ainda não está 100%, mas, na partida contra Porto Rico, já mostrou a segurança no garrafão imprescindível a qualquer equipe campeã. A batalha na Argentina não vai ser nada fácil, mas tenho certeza de que o Brasil, liderado pelo campeão olímpico Magnano, está pronto para garantir a vaga que escapou nas últimas três Olímpiadas.
domingo, 21 de agosto de 2011
É Pentaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Se os resultados da seleção principal estão deixando os torcedores deveras preocupados em relação à participação brasileira na Copa de 2014, a conquista neste fim de semana do penta no Mundial Sub-20 renova a esperança. Os nossos garotos demonstraram em campo justamente os ingredientes cada vez mais raros na equipe adulta: raça e orgulho de vestir a camisa amarela. O título na Colômbia veio na superação, com direito a virada na final contra Portugal. Sem Neymar e Lucas, promovidos à equipe principal, a liderança deste grupo vencedor coube a Oscar. Nos seis primeiros jogos do Mundial Sub-20, o craque do Internacional passou sem marcar um único golzinho. Todo o estoque foi reservado para a grande decisão, quando marcou logo três. Tenho certeza de que muitos desses garotos, se bem aproveitados por Mano Menezes, podem ser os responsáveis pelo inédito ouro na Olímpiada do ano que vem e a base para a Copa. Para que isto aconteça, a valentia e a ousadia demonstradas no Sub-20 não podem se perder na migração para o profissional, como infelizmente já aconteceu com outras gerações. Toca correr para o Penta de hoje ser o Hexa de 2014!
domingo, 14 de agosto de 2011
Tal Pai, Tal Filho
O segundo domingo de agosto é o momento oportuno para enaltecer a relação tão forte e bonita entre um pai e um filho, ligação que muitas vezes encontra no esporte um dos principais laços de amizade. Afinal, não é raro o filho torcer pelo mesmo time do pai, compartilhando vitórias inesquecíveis e derrotas sofridas por toda a vida. Como esquecer o filhinho do Ronaldo roubando a cena na coletiva de despedida do pai. Às vezes, a afinidade é tanta que o filho decide seguir a mesma trilha do “pai-herói”. A lista de tal pai, tal filho no cenário esportivo é vasta. Só para citar alguns, temos o Hélio Rubens e o Helinho no basquete, e o Bernardinho e o Bruninho no vôlei, que transferiram a cumplicidade do lar para a quadra numa parceria vencedora. Parabéns! No meu caso, a influência esportiva vinda do meu pai também é notória. Sem dúvida, ele foi a primeira pessoa a me incentivar a ser o apaixonado por esportes que sou hoje. Se de todas as modalidades, o basquete é a que mais me encanta, o grande responsável é o meu pai, fanático torcedor francano. A tabela de madeira no fundo do quintal com certeza é uma das muitas boas lembranças da minha infância. Obrigado pai por me mostrar este mundo mágico dos esportes e feliz Dia dos Pais a todos.
sábado, 30 de julho de 2011
Gigante Pela Própria Natureza
Depois da conquista neste sábado dos 50m livre – a quarta medalha de ouro em mundiais – fica cada vez mais difícil descobrir qual o limite deste multicampeão. Cesar Cielo nasceu homem, felizmente brasileiro, mas a natureza queria que fosse peixe. Não um lambari qualquer e sim um impávido marlin-azul, o mais veloz desbravador dos mares. O nome de Cielo até faz uma referência ao Céu, mas é da água que vem a sua força. Se um ser humano é formado, em média, por 70% de água, eu não me surpreenderia se esta proporção em Cielo beirasse a totalidade. Isto explicaria porque quando Cesão mergulha numa piscina, torna-se uma mistura homogênea. A primeira braçada desencadeia uma onda harmônica, tsunami de velocidade até a batida final. Arrisco a dizer que, nas veias de Cielo, circula gelo, única justificativa para demonstrar tamanha frieza nos momentos decisivos em que muitos titubeiam. Não é exagero falar que em terra firme, Cielo é um legítimo peixe fora d´água: passos desengonçados, total falta de afinidade com os holofotes, declaração de poucas palavras. Quando emerge de uma conquista e todos esperam uma frase de efeito, Cielo mais uma vez recorre à água e faz da lágrima sua maior expressão.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Coincidências não tão boas assim
O Brasil garantiu hoje vaga em duas finais no Mundial de Xangai: nos 100m livre com o Cesar Cielo e nos 200m medley com Thiago Pereira. A coincidência que ligou as duas provas é que tanto Cielo, quanto Thiago ficaram até os últimos metros na briga por medalhas, mas no finalzinho acabaram ficando fora do pódio – no caso de Cielo foi apenas por um centésimo. É lógico que nem o torcedor, muito menos o atleta, quer perder uma medalha no Mundial por detalhe, mas, como disse ontem no texto do Felipe França, tudo vale como experiência. Mesmo sem medalhas hoje, o Brasil já faz a campanha mais áurea da história. O que une os três ouros conquistados até aqui – maratona aquática de 25km com Ana Marcela, 50m borboleta com Cielo e 50m peito com Felipe – é que todas as provas não fazem parte do programa olímpico. É uma coincidência não tão boa assim, mas que não tira em nada o mérito dos nossos atletas vencedores.
Fim do suspense
Desde o final de 2009, duas perguntas dominavam o mundo da natação: quando e quem seria o primeiro a bater um recorde mundial depois da proibição do uso dos supermaiôs? A resposta veio hoje: o norte-americano Ryan Locthe nos 200m medley, prova que contava com ninguém menos que Michael Phelps. Feito simplesmente fantástico!
quarta-feira, 27 de julho de 2011
Nada como a experiência
Em 2009, Felipe França chegou ao Mundial de Roma como recordista mundial e grande favorito nos 50m peito. Na final da prova, Felipe acabou – como diz a minha esposa – “ganhando” a prata ao ser superado pelo sul-africano Cameron Van Der Burgh. Dois anos depois, vem o Mundial da China e a história se inverte: o cara a ser batido passa a ser Der Burgh. Parece que Felipe não se importou em deixar de ser o favorito, muito pelo contrário. Hoje na final em Xangai, Felipe chegou quieto, com o já tradicional fone de ouvido e olhou para a piscina com um olhar fixo: a partir dali, parece que ele não enxergava mais nenhum adversário. A disputa passava a ser com ele mesmo. Desde a largada, movimentos precisos para, 27 segundos depois, soltar o grito que ficou guardado dois anos. Parabéns Felipe, França no nome, mas Brasil no coração.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Só Pra Começar
Depois do vai ou não vai ao Mundial, Cielo foi. Antes de cair na piscina, o multicampeão brasileiro declarou que não estava 100% mentalmente, mas que iria fazer o melhor possível. E no caso de Cielo, fazer o que está ao seu alcance significa ouro. Logo na sua primeira participação - 50 m borboleta - Cielo pode chorar no alto do pódio ao som do hino nacional – bom demais! É impressionante a capacidade de Cielo de se reinventar. Quanto mais pressionado está, mais ele deslancha na piscina. Desde a polêmica do doping, Cielo evitou dar entrevistas, sua resposta é na linguagem universal da natação. E o melhor de tudo é que o Mundial está só começando para o brasileiro: depois de “quebrar o gelo” nos 50 m borboleta – pena que esta prova não é olímpica – ainda têm os 50 m e 100 m livre, aí sim as especialidades do Cesão. Não sei não, mas acho que os chineses vão até aprender o nosso hino nacional de tanto que ele vai tocar em Xangai....
quinta-feira, 21 de julho de 2011
Trânsito em Julgado
O antidoping flagrou, a CBDA advertiu, a FINA recorreu, o Cielo explicou, a Corte Arbitral acatou e a polêmica ACABOU!
domingo, 17 de julho de 2011
20 Horas Depois...
Ontem quando fui escrever o texto sobre a eliminação argentina da Copa América, algo me dizia para não me empolgar muito, afinal a tristeza deles, podia ser a nossa hoje. Dito e feito! Durante o tempo normal, acredito que o Brasil fez a sua melhor partida na competição, mas gol que é bom, nada. Tudo foi para os pênaltis e aí o inacreditável aconteceu: fomos eliminados sem acertar nenhuma das quatro tentativas. Cada vez menos eu entendo o futebol, sobretudo o brasileiro: depois do pragmático Dunga, Mano assumiu com um histórico vencedor; Ganso e Neymar, ausências sentidas na última Copa, foram alçados a titulares absolutos; e, para a crítica de que o Brasil estava muito defensivo, a seleção passou a ser escalada com três atacantes. Em teoria, mudanças suficientes para voltar a fazer do Brasil a melhor seleção do mundo. Na prática, resultados pífios que deixam os torcedores assustados com a nossa participação na Copa de 2014. É verdade que ainda existe muito tempo para a seleção crescer, mas o que preocupa é que, para mim, o problema não está dentro de campo. A seleção só vai voltar a ser o Brasil que queremos se o grupo tiver o comprometimento que a “Família Scolari” teve em 2002 ou a garra que os nossos meninos do vôlei têm, mesmo quando perdem. Por ora, vou torcer para o Uruguai, assim como já fiz na última Copa. Nada contra a Celeste, mas confesso que estou ficando um pouco cansado de ter que pegar uma seleção emprestada para poder comemorar.
Hasta la Vista Baby
Fico sempre com dó quando a equipe da casa abandona precocemente uma competição, mas quando a seleção eliminada é a Argentina este lamento passa rapidinho... Além do mais, é muito bom ver o ressurgimento do Uruguai, primeiro campeão de uma Copa, em 1930, e que encantou o mundo com a “Celeste Olímpica”. Num espetáculo digno de uma final, o protagonista não foi nem Messi – o pequeno grande maior jogador da atualidade -, nem Forlán – o craque da última Copa. No estádio de Santa Fé, o responsável pelo milagre do dia foi o goleiro uruguaio Muslera. Numa dupla defesa “impossível” no último minuto do jogo, Muslera garantiu o empate. Já na decisão por pênaltis, manteve o sangue frio para defender o chute de Tevez que, assim como Messi, não disse muito a que veio e, nem vai dizer mais, pelo menos não nesta Copa América! Mas, embora eu adore tirar sarro de los hermanos, não é bom se empolgar muito, pois domingo está chegando e ainda tem um Brasil X Paraguai... Só depois do jogo e, se com uma convincente vitória brasileira, é que poderemos cantar uma musiquinha para os nossos vizinhos: “Não chores por Messi Argentina...”
domingo, 10 de julho de 2011
Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo...
Para muitos, a tarde de hoje parecia uma domingo qualquer, mas para os brasileiros amantes dos Esportes – sim, aquela minoria que sabe que existe vida além do futebol masculino – o dia estava repleto de emoção. A primeira grande missão era no Mundial de Futebol Feminino, em que nossas meninas duelaram contra as norte-americanas em busca da vaga na semifinal. Até o último minuto da prorrogação, a classificação era nossa, só que lá veio o gol de empate dos EUA, que depois venceram nos pênaltis: um adeus precoce para a equipe liderada por Marta, que sonhava voltar da Alemanha com a inédita taça. Tristeza no Mundial, mas ainda havia os meninos do vôlei na final da Liga Mundial. Nossa equipe, que tantas alegrias já nos deu, jogou o mesmo vôlei de altíssimo nível de sempre, porém desta vez o ponto que leva a vitória foi dos russos. No mesmo dia, duas tristezas para o Brasil. Que sacanagem! Na verdade uma dupla sacanagem! Esta sensação é um legítimo direito do torcedor, mas sacanagem de quem? Não houve sacanagem por parte das meninas do futebol, muito menos dos meninos do vôlei, que deram o seu melhor até a última bola. Sacanagem das norte-americanas ou dos russos? Também não é o caso, afinal, eles (e elas) estão do outro lado para buscar a mesma vitória que esperávamos. A culpa da sacanagem poderia ser dos “Deuses do Olimpo”, porém eles também não têm nada a ver com isso, já que não torcem para ninguém. A função deles é propiciar emoção até o último segundo e isto eles fizeram brilhantemente nas duas partidas. Enfim, não há de se falar em sacanagem, assim como não se pode falar que o Brasil perdeu hoje, nem no futebol feminino, nem no vôlei. Para mim, o único derrotado do dia foi a principal emissora de televisão do país, que insistiu em não transmitir nenhum dos dois jogos. Isto sim é sacanagem!
terça-feira, 5 de julho de 2011
Talento Puro
Nesta quarta começa a fase final da Liga Mundial de Vôlei e lá vem o Brasil em busca da décima conquista na competição. Enquanto as partidas decisivas não começam, uma pergunta vem me intrigando: qual é o Rei do vôlei? Há quem diga que o craque da modalidade é Karch Kiraly, exímio defensor, que encantou o mundo nos anos 80 e 90. O norte-americano é detentor de três medalhas de ouros olímpicas – duas na quadra e uma na praia – e foi eleito pela Federação Internacional de Vôlei, em 2000, como o melhor jogador do século 20. Que o Kiraly é um gênio da raça não tenho dúvida, mas não estou convicto de que ele é “o cara” do vôlei, assim como está o Pelé para o futebol, o Jordan para o basquete e o Phelps para a natação. Acho o que o rei do vôlei não é tão visível porque normalmente buscamos garimpar o craque no primeiro plano dos palcos esportivos, mas talvez o diamante mais valioso da modalidade brilhe nos bastidores. Sim, estou falando do Bernardinho, prata olímpica como jogador, duplamente bronze no comando das meninas e definitivamente ouro como técnicos dos nossos garotos. Se ele já não transpira mais em quadra, é visível o seu suor do lado de fora, liderando um grupo que joga por música há uma década, fazendo do seu principal refrão a vitória. Agora fica uma dúvida: o gênio soberano de uma modalidade pode ser um treinador ou é espaço privativo dos atletas? Para mim, se a coroa de rei é para aquele que melhor dominou um determinado esporte, em todas as suas entrelinhas, vale técnico sim, principalmente se o nome dele for Bernardo Rocha de Rezende, o nosso Bernadinho. E você, o que acha?
sábado, 2 de julho de 2011
Sei Lá
Toda vez que acontece uma situação de doping envolvendo um grande ídolo meu no esporte – foi assim com a Maurren, com a Daiane, e agora com o Cielo - o primeiro sentimento é de decepção, seguido de uma certa revolta: Até tu Brutus? Por que você tinha que fazer isto? Mas é justamente nesta última pergunta que páira a dúvida. Fizeram o quê? Não sou especialista no assunto, mas a lista de substâncias proibidas é muito vasta, a ponto de o crime poder ser cometido durante uma depilação, num tratamento médico ou na ingestão de um suplemento permitido que, por algum motivo alheio ao controle do atleta, foi contaminado. Por outro lado, existem os casos premeditados de buscar, a qualquer preço, a melhoria de rendimento. Pensando na infinidade de possibilidades entre o doping casual e o doloso é que a legislação internacional do doping prevê, como punição, desde a advertência até o banimento do atleta. Desde ontem, já vi vários blogs esportivos acusando à CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) de “ter passado a mão na cabeça” no Cielo ao determinar “apenas” a advertência. Não estou aqui para defender ninguém, mas a questão é que, além de Cielo, mas três nadadores foram flagrados no mesmo exame, o que aumenta a possibilidade de um fato involuntário. Sem falar que é comprovado que a tal da furosemida não aumenta o rendimento de ninguém. Enfim, acho que esse debate em relação à punição é desnecessário, já que o assunto foi enviado à Federação Internacional, que tem todos os mecanismos de aumentar a pena se julgar conveniente. A questão é que, independentemente da pena, Cielo e os outros atletas têm um novo desafio daqui para frente, que é o de dar a volta por cima. Por tudo que Cesão já fez, tenho certeza de que ele vai contrariar a música do Cazuza e, desta vez, meu herói não vai morrer de overdose.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Conquista da América
O sonho do Santos novamente campeão
Passou por uma primeira fase instável
Na chegada de Muricy, o maestro esperado
Jogo a jogo, a orquestra da Vila deslanchou
Defesa, meio-campo e ataque em harmonia
Passou por uma primeira fase instável
Na chegada de Muricy, o maestro esperado
Jogo a jogo, a orquestra da Vila deslanchou
Defesa, meio-campo e ataque em harmonia
A batalha final iniciou sem gols no Uruguai
A decisão veio para o Pacaembu lotado
No início do 2º tempo, o grito de gol ecoou
No calcanhar de Ganso, passe que encontra
Arouca, sequência em velocidade e precisão
Tudo aberto para Neymar finalizar sem firula
Logo em seguida, chute de Danilo para ampliar
Faltando 10 minutos, gol uruguaio quase assusta
Mas o título da Libertadores 2011 já tinha dono
Emoção preta e branca com choro do Rei Pelé
Que a digna conquista motive Neymar e Ganso
A seguirem brilhando num time inesquecível
Merecidamente o melhor da América
domingo, 19 de junho de 2011
É do Brasil
Em 1996, o vôlei de praia brasileiro encantou o mundo ao garantir ouro e prata nas Olimpíadas de Atlanta – na final verde-amarela, Jaqueline e Sandra passaram por Adriana e Mônica. Quinze anos depois, a magia se repete, desta vez entre os homens e agora no Campeonato Mundial, disputado em Roma. Após a semifinal, o título masculino não tinha mais como fugir do Brasil, restava saber se a taça seria levantada por Emanuel e Alison ou Ricardo e Márcio. A final brasileira justamente nesta semana é a silenciosa resposta dos atletas à torcida italiana, que jogou laranjas nos brasileiros em repúdio ao “caso Cesare Battisti”. Fica o recado que esporte e política não se misturam! Se no masculino, a final era uma festa e não tinha muito para quem torcer (o título ficou com Emanuel e Alison), no feminino a história foi bem diferente. As quase imbatíveis Walsh e May, dos EUA, abriram vantagem no tie-break e muitos davam o título como certo, mas não Juliana e Larissa. A dupla brasileira salvou um match point e, a partir daí, uma virada histórica garantiu o título inédito para estas guerreiras, que infelizmente não puderam estar juntas nas Olimpíadas de Pequim, por conta de uma contusão de Juliana. Depois do domínio em Roma, fica a certeza de que o Brasil, tanto no masculino quanto no feminino, está pronto para conquistar Londres no ano que vem. Afinal, seja na quadra ou na areia, o vôlei faz parte do que o Brasil tem de melhor.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Derrota Doída
Há menos de um mês, Franca perdeu para o Brasília a final do NBB. Toda derrota em quadra passa, pois é intrínseca ao esporte. A derrota que o torcedor de Franca levou nesta semana é bem mais doída e não tem explicação. A saída do armador Vitor Benite para o Limeira machuca muito, principalmente pela forma como aconteceu. De certa forma, a saída do Benite já era até esperada, mas, se é verdade que a proposta financeira é menor e que, o real motivo é o projeto de Benite ser mais utilizado como armador principal fica difícil de aceitar. Para quem não acompanha muito o basquete, a analogia é simples: imagine que a notícia do dia fosse a saída de Ganso ou Neymar, não para o Barcelona, mas sim para um time nacional de projeção igual ou menor que o Santos. Depois de ter sido o melhor sexto jogador do NBB, a revelação da temporada e o atleta que mais evoluiu é lógico que Benite quer ser melhor aproveitado. À distância, é difícil entender tudo o que acontece nos bastidores do Franca, mas, do meu ponto de vista, o projeto do Franca para a próxima temporada tinha que ser o seguinte: Benite mais 11. Depois de tudo o que já fizeram e conquistaram por Franca é difícil fazer qualquer crítica ao Hélio Rubens, Helinho, Rogério (que também pode estar deixando o Franca) e Márcio, mas eles não podem ser mais as peças principais da equipe. Os grandes times de qualquer modalidade esportiva são aqueles que sabem mesclar experiência com juventude. Não é de hoje que Franca está deixando escapar os grandes talentos. Ao Benite é só agradecer por tudo o que fez por Franca, sucesso na próxima etapa e a certeza de que muito ainda vou torcer por você na seleção - espero inclusive já no próximo Pré-Olímpico. No mais, um verso musical mais do que apropriado para o momento: “É você que ama o passado e não vê, que o novo sempre vem.”
terça-feira, 31 de maio de 2011
Menos, bem menos
A surpresa desta temporada da NBA foi o retorno do Chicago Bulls ao grupo dos grandes times. Esta volta me deixou esperançoso de que o famoso duelo da década de 90 entre Lakers e Bulls pudesse se repetir numa final, mas as duas equipes ficaram no meio do caminho e a briga pelo título será entre Dallas Mavericks e Miami Heat. Além da disputa em quadra, o playoff final começa aquecido por uma polêmica frase do ex-jogador Scottie Pippen, fiel escudeiro de Michael Jordan no lendário Bulls hexacampeão. Para Pippen, LeBron James, que mudou esta temporada para o Heat e busca o primeiro anel de campeão da NBA, pode ultrapassar Jordan como o maior jogador de basquete. “James tem a capacidade de fazer cestas decisivas, como acontecia com Jordan, mas, além disso, também faz com que o restante dos companheiros sejam jogadores melhores. Se há um jogador que tem a chance de superar Jordan, este será James.” Sei lá se o Pippen quis desviar o foco da eliminação do Bulls – o melhor time da primeira fase – para o Heat, mas tenho certeza de que no fundo nem ele acredita na comparação. Que o LeBron James é um excelente jogador ninguém discute, mas para mim não dá para dizer nem que é o melhor jogador da atualidade. Eu particularmente acho o Kobe Bryant, do Lakers, um jogador mais cerebral e tão decisivo quanto James, sem falar que já tem quatro títulos da NBA. Se é para fazer aposta para o futuro, eu sou muito mais o Kevin Durant, do Oklahoma City Thunder. Não que ele vai ultrapassar o Jordan, mas pelo tipo diferenciado - alto, magrelo e desengonçado - Durant está criando um estilo próprio de jogo, assim como Jordan fez na década de 90. A James sobrará ser um dos grandes jogadores que brilharam “a la Jordan”. Quanto à declaração de Pippen ela vai para o banco de reservas. A frase titular absoluta sobre Jordan continua sendo de Larry Bird, eterno ídolo do Boston Celtics: “Eu vi Deus em quadra disfarçado de Michael Jordan.”
terça-feira, 24 de maio de 2011
Fim de Jogo
Por muitas vezes, Franca chegou à final sem ter o melhor time do campeonato. Por isso, a maioria dos títulos que levo na memória foi ganho na base da raça, superando o adversário favorito. Neste NBB o cenário não era este. Em termos de quinteto titular, Brasília tem a melhor equipe, mas no elenco dos 12 que entram em quadra, Franca montou o grupo mais forte da temporada. Prova disso foi a liderança na primeira fase, incluindo duas vitórias contra Brasília. Falar que Franca tinha obrigação de bater Brasília na final é subestimar o potencial do trio infernal (no bom sentido) Alex, Nezinho e Guilherme. Por outro lado, falar que Franca mostrou tudo o que sabia nesta final também é subestimar o torcedor francano, que muito sabe de basquete. Enfim, de cabeça quente, muito posso falar, mas dificilmente vou chegar aos reais motivos que levaram Franca a ter um semestre instável e sem nenhum título. A verdade é que algo faltou no presente para Franca reviver o passado de glórias. Ao futuro só uma palavra: mudanças!
domingo, 22 de maio de 2011
Triunfo na Areia
Vem das escaldantes areias mundo afora uma das maiores rivalidades esportivas da atualidade. Afinal, desde a consolidação do vôlei de praia na década de 90, as duplas do Brasil e dos EUA se revezam na liderança do ranking. Entre os homens, o domínio agora é dos norte-americanos Rogers e Dalhausser, medalha de ouro na Olimpíada de Pequim 2008 e que vinham de uma impressionante marca de 40 jogos invictos. Esta sequência espetacular foi interrompida neste domingo pelos brasucas Alison e Emanuel por convincentes dois sets a zero. Há pouco mais de um ano para a Olímpiada de Londres, a conquista da etapa de Praga no Circuito Mundial deve ser muito comemorada por um duplo sentido: primeiro, porque mostra que o período de adaptação da parceria Alison/Emanuel – que se uniram pós Pequim – ficou no passado; e segundo, e mais importante, é que o gigante Dalhausser e o incansável Rogers não são imbatíveis! Fica a esperança que, na gangorra do ranking, a próxima dupla a chegar ao topo venha do Brasil. Por tudo que jogaram neste domingo Alison e Emanuel parecem uma ótima aposta.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Melhores da Temporada NBB
De olho nas finais do NBB que começam hoje, a Liga divulgou a lista dos candidatos para os melhores da temporada. Os vencedores serão conhecidos no fim do mês. A votação oficial não foi aberta ao público – participaram técnicos, assistentes, personalidades do basquete e imprensa especializada - mas não significa que não podemos dar nossa opinião, não é verdade? Abaixo segue a minha escolha em cada categoria. E a sua? Envie sua lista nos comentários e participe.
Armador
Helinho (Franca)
Larry (Bauru)
Nezinho (Brasília)
Alas (2)
Alex (Brasília)
Marcelinho (Flamengo)
Marquinhos (Pinheiros)
Robert Day (Uberlândia)
Robby Collum (Uberlândia)
Shamell (Pinheiros)
Pivôs (2)
Guilherme Giovannoni (Brasília)
Jeff Agba (Bauru)
Murillo (São José)
Olivinha (Pinheiros)
Teichmann (Flamengo)
Tischer (Brasília)
Melhor Sexto Homem
Benite (Franca)
Cipriano (Brasília)
Raulzinho (Minas)
Melhor Técnico
Guerrinha (Bauru)
Hélio Rubens (Franca)
José Vidal (Brasília)
Revelação
Benite (Franca)
Erick (Paulistano)
Gui (Bauru)
Jogador que Mais Evoluiu
Benite (Franca)
Douglas Nunes (Bauru)
Morro (Pinheiros)
Melhor Defensor
Alex (Brasília)
Eric Tatu (Limeira)
Figueroa (Pinheiros)
Melhor Jogador
Alex (Brasília)
Guilherme Giovannoni (Brasília)
Marquinhos (Pinheiros)
Helinho (Franca)
Larry (Bauru)
Nezinho (Brasília)
Alas (2)
Alex (Brasília)
Marcelinho (Flamengo)
Marquinhos (Pinheiros)
Robert Day (Uberlândia)
Robby Collum (Uberlândia)
Shamell (Pinheiros)
Pivôs (2)
Guilherme Giovannoni (Brasília)
Jeff Agba (Bauru)
Murillo (São José)
Olivinha (Pinheiros)
Teichmann (Flamengo)
Tischer (Brasília)
Melhor Sexto Homem
Benite (Franca)
Cipriano (Brasília)
Raulzinho (Minas)
Melhor Técnico
Guerrinha (Bauru)
Hélio Rubens (Franca)
José Vidal (Brasília)
Revelação
Benite (Franca)
Erick (Paulistano)
Gui (Bauru)
Jogador que Mais Evoluiu
Benite (Franca)
Douglas Nunes (Bauru)
Morro (Pinheiros)
Melhor Defensor
Alex (Brasília)
Eric Tatu (Limeira)
Figueroa (Pinheiros)
Melhor Jogador
Alex (Brasília)
Guilherme Giovannoni (Brasília)
Marquinhos (Pinheiros)
domingo, 15 de maio de 2011
O Céu é o Limite
Para muitos, assistir a uma partida de tênis na TV parece um suplício interminável. Afinal, além de uns gritinhos esquisitos, a bolinha pode ficar lá, passando de um lado para outro em partidas que duram horas. Aparentemente - e só aparentemente – o tênis é monótono, mas quem gosta de esporte não deve perder a oportunidade de ver o sérvio Novak Djokovic em ação. O que o cara está fazendo em quadra é história pura. Com 39 vitórias seguidas, o sérvio está a quatro partidas de se tornar o tenista com a maior invencibilidade da história – o recordista atual é o argentino Guillermo Vilas. E mais, tudo leva a crer que ele encerrará Roland Garros como o novo número Um do Mundo. Independentemente destas marcas, a consistência física e, sobretudo, a magnitude psicológica que o sérvio tem demonstrado, seja nas quadras duras ou no saibro, são impressionantes. Depois de Federer e Nadal, pouquíssimas pessoas apostariam que, em tão pouco tempo, apareceria alguém no mesmo nível. Mas eis que vem novamente o esporte mostrar que o surgimento de um gênio não tem hora para acontecer. Para mim, Djokovic é o melhor atleta do ano em todas as modalidades. É lógico que o grande esportista não se faz em apenas uma temporada, mas sim pelo conjunto de anos de carreira. Assim, ainda é muito cedo para saber até onde Djokovic pode chegar, mas eu não me surpreenderia se ele se imortalizasse como maior de todos os tempos do tênis. Hoje eu sei que essa aposta parece loucura, mas depois de um tempo é fácil reconhecer um Pelé, um Jordan, um Phelps... O segredo está em descobrir o diamante quando a pedra ainda está bruta. Não é à toa que o título do primeiro texto que escrevi a respeito do Djokovic foi “Estrela Sérvia”.
quarta-feira, 11 de maio de 2011
Vence quem sabe perder
Quem gosta de basquete ficou encantado ontem com o lance de reflexo e destreza do armador do Franca Fernando Penna, que passou a bola por entre as pernas do ala do Flamengo David Teague no final do jogo que garantiu ao time paulista a vaga na final do NBB. A parte ruim desta história é que este momento especial veio acompanhado por uma desproporcional reação do armador Marcelinho, que provocou uma briga desnecessária alegando uma falta de respeito do armador francano. Como torcedor declarado do Franca Basquete, hesitei em escrever este texto achando que a credibilidade poderia ficar comprometida, mas depois de um e-mail que recebi de um grande amigo meu hoje à tarde, mais a oportuna reportagem do Globo Esporte São Paulo, decidi me manifestar. Afinal, casualmente o protagonista do lance é de Franca, mas o assunto que quero debater transcende o jogo de ontem e vale para o esporte de uma maneira geral. No texto “Deixa Brincar” eu já comentei a minha preocupação sobre o rumo atual do esporte. O politicamente correto excessivo não combina com ginásios e estádios. Este cenário em que nada pode, jamais permitirá o nascimento de um novo Garrincha, imortalizado pela sua irreverência, nunca confundida com provocação ao adversário. O interessante é que o jogador que se sentiu desrespeitado foi o Marcelinho, que nem estava no lance. O próprio Teague, dos EUA, não esboçou nenhuma reação. Talvez porque ele venha do país do basquete e saiba reconhecer um lance de habilidade. A verdade é que o esporte oferece rica chance de saber perder. E quem aprende esta lição dificilmente sairá derrotado no jogo da Vida.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Bola Brasilis
Depois de um período de férias, estou de volta ao blog e prometo nos próximos dias retornar ao debate dos principais eventos esportivos da semana. No momento, o texto da volta é uma homenagem a todos os anônimos que levam o esporte muito a sério, com uma paixão e dedicação que todo atleta profissional deveria ter.
Bola Brasilis
A constelação de estrelas
Que brilha no peito brasilis
Decididamente não surge por sorte
A essência vive carinhosamente
Em todos os cantos do país
Com muitos sotaques sempre se vê
Um menino apreensivo que pula
Estala os dedos e aguarda
Um assobio que o libera
Para defender atentamente
Um limite de sete passos
Demarcado por dois chinelos
De um lado o barranco é o fim
Do outro uma linha imaginária
Define o dentro e o fora
Logo surge o único titular
Nem tanto pela habilidade
Mas por trazer àquele local
Algo imprescindível como o ar
Tal como nossa abstrata Terra
O objeto é chamado de bola
Por uma didática analogia
Se o quique é irregular
Isso é o que menos importa
Na base do par ou ímpar
O alvoroço se divide em dois
Os com camisa recuam irritados
Os sem camisa vão ao meio
Na poeira que a correria levanta
Um menino de pouco estudo
Desconhece a rigidez da física
Para ele não há atrito
Domina plenamente a fusão
Músculos, coração, mente
Tudo holisticamente comunicado
A bola jamais lhe é estranha!
Os adversários se atropelam
O craque flutua soberano
A lógica da diagonal é ignorada
De lá para cá, ficam todos
O movimento deveras acelerado
Acalma até que a pequena
Ainda que por breves instantes
Repouse no fundo da rede
Neste momento o cotidiano pára
Mesmo que não ganhe milhões
E não esteja no Maraca lotado
A vida ganha plenitude no GOL!!!
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